Presidente Lula Manifesta Repúdio à Expressão “Bala Perdida” Após Tragédia no Rio

“Que bala perdida é essa?”: Lula Condena a Violência e Cobra Mudanças

Lula condena a expressão “bala perdida” após ação da policial; O presidente Lula (PT) fez uma contundente manifestação contra a expressão “bala perdida” após a trágica morte de uma criança e de um adolescente durante uma ação policial no Morro do Dendê, Rio de Janeiro.

A Chamada para Conscientização

Lula não poupou palavras para repudiar o termo, afirmando que a bala que atingiu a criança “não se perdeu”. A jovem Eloá da Silva dos Santos foi atingida por um disparo enquanto brincava dentro de sua própria casa, e Wendel Eduardo, de 17 anos, foi morto durante uma abordagem policial, ao erguer as mãos, de acordo com relatos da família.

Necessidade de Preparo e Inteligência

O ex-presidente enfatizou a importância de policiais “mais bem preparados, instruídos e com bastante inteligência” para lidar com situações complexas como essa. Nos últimos dois anos, 16 crianças e adolescentes foram alvejados por armas de fogo no Rio, de acordo com os registros da ONG Rio da Paz.

Rompendo com a Violência

Lula questionou veementemente a noção de “bala perdida”, declarando que “alguém atirou para aquele lado, essa bala não se perdeu, foi atirada para atingir alguém e pegou uma criança”. Ele ressaltou a urgência de romper com esse ciclo de violência indiscriminada.

Apelo à Reflexão e Mudança

O ex-presidente denunciou a prática de disparos indiscriminados, enfatizando que “não pode é sair atirando a esmo, sem saber para onde atira”. Ele reforçou seu apelo por mudanças e sensibilização para a realidade que vitima crianças e adolescentes, como o triste caso do menino Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, morto pela polícia na Cidade de Deus.

Dados Alarmantes

Segundo o Instituto Fogo Cruzado, a triste estatística revela que 601 crianças e adolescentes foram atingidos por disparos na região metropolitana do Rio nos últimos sete anos. Dos 286 baleados em ações policiais, 47,5% perderam suas vidas. As demais vítimas foram afetadas por diversos contextos de violência.

Um Apelo para Não Esquecer

Lula conclamou a sociedade a não esquecer os nomes e histórias das vítimas, mencionando tragédias como Ágatha Félix, Maria Eduarda, João Pedro, Kauã, Alice, Emilly e Rebecca. Ele ressaltou que essas histórias não podem ser relegadas ao esquecimento, apelando por um futuro em que as vidas desses jovens sejam protegidas.

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