Trump arma emboscada para presidente sul-africano na Casa Branca com alegações de “genocídio branco”

Reunião entre líderes dos EUA e da África do Sul é marcada por acusações infundadas e tensão diplomática

Trump confronta presidente sul-africano: Na quarta-feira, 21 de maio de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, durante uma reunião na Casa Branca, ao apresentar alegações de um suposto “genocídio branco” na África do Sul. O encontro, inicialmente destinado a discutir relações comerciais e cooperação bilateral, foi marcado por tensão após Trump exibir vídeos e recortes de notícias que, segundo ele, evidenciavam perseguição a agricultores brancos no país africano.

Trump apresenta vídeos e acusações controversas

Durante a reunião no Salão Oval, Trump solicitou que as luzes fossem apagadas e exibiu um vídeo de aproximadamente cinco minutos, contendo imagens de cruzes brancas e discursos inflamados de políticos sul-africanos, como Julius Malema. O presidente americano afirmou que o material comprovava a existência de uma campanha de violência contra a minoria branca na África do Sul.

Trump também mencionou que “milhares” de sul-africanos brancos estariam buscando asilo nos Estados Unidos devido à violência e a leis que considerou racistas. Ele destacou que mais de quatro dezenas de indivíduos tiveram seus pedidos de refúgio acelerados sob uma ordem executiva emitida em fevereiro.

Ramaphosa rebate alegações e destaca realidade sul-africana

O presidente Ramaphosa, visivelmente surpreso, contestou as alegações de Trump, afirmando que a criminalidade na África do Sul afeta todas as raças, sendo a maioria das vítimas pessoas negras. Ele também enfatizou que declarações de figuras como Julius Malema, apresentadas no vídeo, não refletem a política oficial do governo.

Ramaphosa destacou que, de acordo com dados da polícia sul-africana, entre 2020 e 2024, ocorreram 225 assassinatos em áreas rurais, dos quais apenas 53 vítimas eram agricultores brancos, enquanto a maioria das vítimas eram trabalhadores agrícolas negros.

Presença de Elon Musk e críticas à abordagem de Trump

A reunião contou com a presença de figuras como Elon Musk, que tem apoiado as alegações de Trump sobre perseguição a brancos na África do Sul. A abordagem de Trump foi criticada por diplomatas e analistas como uma “emboscada” diplomática, semelhante a encontros anteriores com outros líderes estrangeiros.

Repercussão internacional e impacto nas relações bilaterais

A postura de Trump gerou críticas de veículos de imprensa sul-africanos, que acusaram o presidente americano de promover uma narrativa falsa para justificar políticas de imigração seletiva. A reunião, que tinha como objetivo fortalecer os laços comerciais entre os dois países, terminou sem avanços significativos, evidenciando um aumento nas tensões diplomáticas.

Conclusões finais

O encontro entre Donald Trump e Cyril Ramaphosa na Casa Branca, marcado por alegações infundadas e tensão diplomática, evidencia os desafios nas relações entre os Estados Unidos e a África do Sul. A insistência de Trump em promover uma narrativa contestada por dados oficiais e especialistas pode impactar negativamente a cooperação bilateral e a imagem internacional dos EUA.

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