Críticas bolsonaristas levam governo a reconsiderar proposta
Ajustes na Política de Saúde LGBT+ em SP; O governo do estado de São Paulo anunciou nesta segunda-feira a revogação de uma resolução da secretaria de Saúde que propunha a criação da Política Estadual de Saúde Integral da População LGBT+. A medida veio após críticas de setores bolsonaristas e será seguida por ajustes no texto antes de republicá-lo.
Críticas e Revogação
A resolução, publicada recentemente e que propunha medidas para garantir acesso universal e integral à saúde da população LGBT+, foi alvo de críticas por parte de representantes do bolsonarismo. O deputado Gil Diniz, um dos principais expoentes desse grupo na Assembleia Legislativa de São Paulo, classificou a proposta como “lamentável e execrável”, afirmando que “criança LGBT não existe”. Após a pressão, o governo paulista optou por revogar a resolução e promover ajustes no texto.
Repercussão e Reações
Diniz afirmou que apresentará um projeto para extinguir o comitê responsável pelo documento e protocolou requerimento na Alesp para que o secretário de Saúde preste esclarecimentos sobre a resolução. O deputado criticou especialmente trechos que mencionavam crianças e adolescentes LGBT+, expressando preocupação com o que chamou de “sexualização precoce”. Setores bolsonaristas também contestaram a expressão “direitos sexuais e reprodutivos”, interpretando-a como uma alusão ao aborto.
Proposta da Política de Saúde LGBT+
A proposta visava facilitar o acesso da comunidade LGBT+ aos serviços de saúde do SUS, reduzindo barreiras causadas pelo preconceito e discriminação. Entre as medidas propostas estavam a garantia de acesso integral ao processo transexualizador, atenção à saúde em todas as fases da vida e cuidados específicos relacionados ao uso de hormônios.
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