Pedido de prisão e extradição do jornalista é barrado por falta de provas
Interpol e EUA Barram Moraes: A Interpol e os Estados Unidos rejeitaram solicitações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para incluir o jornalista Allan dos Santos na lista de procurados internacionais e extraditá-lo. A decisão expõe fragilidades nas acusações e reacende debates sobre o caso.
Contexto: A Perseguição a Allan dos Santos
Origem do Caso
Allan dos Santos, jornalista brasileiro e fundador do canal Terça Livre, é alvo de investigações no Brasil desde 2019, acusado de disseminar desinformação e integrar uma suposta organização criminosa. Em 2021, Moraes determinou sua prisão preventiva e pediu sua extradição dos EUA, onde Santos vive desde 2020, além de inclusão na lista vermelha da Interpol.
O caso ganhou destaque por envolver questões de liberdade de expressão e embates entre o STF e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem Santos é aliado.
Detalhes da Rejeição
Interpol Questiona Evidências
Em 2021 e 2022, a Interpol solicitou ao STF mais detalhes sobre as acusações de lavagem de dinheiro e organização criminosa contra Santos. Sem respostas suficientes, a organização recusou, em dezembro de 2022, incluir o jornalista na difusão vermelha, limitando seu status a um sistema interno de consulta. Em outubro de 2024, a Comissão de Controle dos Arquivos da Interpol confirmou que Santos não é mais alvo de alerta internacional.
EUA Também Barram Extradição
O Departamento de Estado dos EUA, em fevereiro de 2023, analisou o pedido de extradição e concluiu que as provas apresentadas pelo STF eram insuficientes. Baseado no tratado bilateral de extradição, o governo americano não deu seguimento ao processo, mantendo Santos em solo estadounidense.
Impactos da Decisão
Reflexos Jurídicos e Políticos
A recusa da Interpol e dos EUA enfraquece a ofensiva de Moraes contra Santos e levanta questões sobre a robustez das investigações do STF. Juristas apontam que a falta de cooperação internacional pode limitar a eficácia de decisões judiciais brasileiras em casos transnacionais. Politicamente, o episódio é explorado por críticos do ministro como exemplo de suposto excesso de poder.
Declarações Oficiais
Silêncio do STF e Resposta de Santos
O STF não comentou oficialmente as decisões da Interpol e dos EUA até o momento. Allan dos Santos, em redes sociais, celebrou: “A verdade prevalece. Não sou criminoso, sou jornalista”. A Interpol, por política, não detalha casos específicos, mas confirmou que exige “evidências sólidas” para emitir alertas vermelhos.
Dados e Números Relevantes
Cronologia do Caso
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2021: Moraes determina prisão e pede extradição.
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Dezembro 2022: Interpol rejeita difusão vermelha.
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Fevereiro 2023: EUA questionam provas e negam extradição.
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Outubro 2024: Interpol remove Santos de alertas ativos.
O caso tramita no STF desde 2019, com Santos vivendo nos EUA há mais de quatro anos.
Próximos Desdobramentos
Sem apoio internacional, o STF pode rever estratégias ou arquivar ações contra Santos no exterior. O episódio reforça a necessidade de cooperação jurídica sólida em casos de alcance global, enquanto o destino do jornalista segue incerto.
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