Receita Federal intercepta carga milionária e expõe possível esquema de tráfico operando dentro do terminal de cargas
Funcionário preso com 97 kg de maconha em Manaus: Um funcionário de uma companhia aérea foi preso nesta segunda-feira (20), no terminal de cargas do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM), após a apreensão de uma caixa contendo 97 quilos de maconha do tipo skunk, avaliada em aproximadamente R$ 3,4 milhões. A operação foi conduzida pela Receita Federal, com apoio de cães farejadores durante uma fiscalização de rotina.
A droga estava dividida em 90 tabletes, escondidos em uma caixa que teria como destino o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Segundo as autoridades, o homem preso é funcionário da GOLLOG, braço de logística da GOL Linhas Aéreas, e já vinha sendo monitorado por suspeita de envolvimento em atividades ilícitas.
Carga milionária levanta suspeitas sobre esquema interno
De acordo com a Receita Federal, esta não é a primeira vez que o suspeito aparece relacionado a remessas com entorpecentes. Pelo menos cinco remessas com características semelhantes foram identificadas ao longo do ano, todas saindo de Manaus com destino ao Sudeste do país.
As investigações agora estão nas mãos da Polícia Federal, que tenta mapear a extensão do esquema e identificar possíveis cúmplices dentro do ambiente aeroportuário. A principal hipótese é de que o funcionário utilizava sua posição estratégica para burlar protocolos de segurança e despachar drogas como se fossem cargas convencionais.
Reações oficiais e medidas adotadas
Em nota oficial, a GOL Linhas Aéreas afirmou que o funcionário foi imediatamente afastado e que está colaborando com as investigações. “Não compactuamos com qualquer prática ilegal e estamos à disposição das autoridades para contribuir com o processo investigativo”, disse a empresa.
A administração do Aeroporto Eduardo Gomes, por sua vez, ressaltou que os protocolos de segurança estão sendo reavaliados e reforçados. “Estamos cooperando com a Receita Federal e a Polícia Federal para garantir a integridade das operações”, destacou a nota.
Repercussão nas redes sociais e questionamentos sobre segurança
Internautas apontam falhas na fiscalização e cobram rigor no controle de cargas
A notícia repercutiu amplamente nas redes sociais, com usuários demonstrando preocupação com a facilidade com que uma carga de quase 100 quilos de droga foi embalada e encaminhada sem detecção prévia. “Se isso acontece dentro do aeroporto, imagina o que passa por fora”, escreveu um internauta.
Especialistas em segurança aeroportuária defendem auditorias internas frequentes e reforço nos treinamentos de colaboradores. “A vulnerabilidade interna é uma das maiores ameaças ao sistema logístico de aviação civil”, alerta o consultor Sérgio Maia.
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