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sábado, maio 24, 2025

Augusto Melo Fala Após Indiciamento: “Não Vou Renunciar”, Diz Presidente do Corinthians em Coletiva

Crise no Corinthians: Augusto Melo Responde às Acusações na Neo Química Arena

Augusto Melo Nega Crimes: Na tarde de 23 de maio de 2025, o presidente do Corinthians, Augusto Melo, concedeu uma entrevista coletiva no CT Dr. Joaquim Grava, na Neo Química Arena, para abordar o indiciamento por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro no caso Vai de Bet. Acompanhado de seu advogado, Ricardo Cury, Melo negou envolvimento nas irregularidades, defendeu sua gestão e afirmou que não renunciará ao cargo, mesmo com a votação de impeachment marcada para 26 de maio de 2025. A coletiva, amplamente coberta pela imprensa, reflete o momento de alta tensão no clube.

Contexto do Indiciamento

Melo foi indiciado em 22 de maio de 2025 pela Polícia Civil de São Paulo, que concluiu o inquérito sobre o contrato de patrocínio de R$ 360 milhões com a Vai de Bet. A investigação aponta que R$ 1,4 milhão pagos à Rede Social Media Design LTDA, de Alex Fernando André (Cassundé), foram parcialmente transferidos para a UJ Football Talent Intermediações, empresa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo delação premiada. Além de Melo, foram indiciados Sérgio Moura (ex-superintendente de marketing), Marcelo Mariano (ex-diretor administrativo) e Cassundé.
Declarações de Augusto Melo na Coletiva

Negação de Irregularidades

Melo afirmou que sua atuação no caso Vai de Bet limitou-se a viabilizar o contrato, considerado o maior patrocínio máster da história do futebol sul-americano. “Eu apenas recebi a proposta, passei para os departamentos competentes e assinei o contrato após aprovação do jurídico e do compliance. Esse foi meu único papel”, declarou, conforme reportado pela CNN Brasil. Ele destacou que auditorias independentes comprovam que as dívidas do clube, que atingiram R$ 2,5 bilhões em 2024, são herança de gestões anteriores, e não de sua administração.

Rejeição à Renúncia

Questionado sobre as manifestações da torcida, incluindo a Gaviões da Fiel, que pedem sua saída, Melo foi enfático: “Jamais vou renunciar. Tem um cunho político nisso, mas o torcedor de bem não sabe de tudo. Estou envergonhado, sim, mas pelo que fazem com o Corinthians.” Ele reforçou que sua gestão aumentou a capacidade da Neo Química Arena em 1.300 lugares e trabalha para recuperar a credibilidade do clube, apesar das dificuldades.

Críticas à Oposição

Melo acusou adversários políticos dentro do clube de orquestrarem uma campanha contra ele. “Há uma perseguição política desonesta. Mexi com interesses de muita gente, e agora querem me derrubar”, disse, em referência a figuras como Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves, ex-presidentes. Ele também criticou a convocação do impeachment, chamando-a de “desrespeitosa” e afirmando que lutará pelo seu direito de defesa.

Futuro do Clube

O presidente destacou esforços para estabilizar o Corinthians financeiramente, como a redução de R$ 42 milhões na dívida com a Caixa e a busca por um novo patrocinador máster após o rompimento com a Vai de Bet. “Estamos sangrando para recuperar o clube. Não dormimos, não vemos a família, mas a credibilidade está voltando”, afirmou. Ele também mencionou a conquista do Campeonato Paulista de 2025 como prova de sua dedicação.

Reação da Defesa

O advogado Ricardo Cury, presente na coletiva, expressou “incredulidade e indignação” com o indiciamento, reiterando que Melo não tem envolvimento com as irregularidades. Cury anunciou que a defesa fará considerações oficiais após analisar o relatório do inquérito e que buscará esclarecer os fatos no Ministério Público, que agora avalia se apresentará denúncia formal.

Impacto na Torcida e nas Redes Sociais

A coletiva gerou reações mistas no X. Alguns torcedores, como @povotime1910, destacaram a tristeza de Melo com o indiciamento, enquanto outros, como @gustavozupak, questionaram a decisão de falar com o logo do Corinthians e patrocinadores ao fundo, sugerindo que isso pode prejudicar a imagem do clube. Há especulações de que Melo enfrenta pressão não apenas judicial, mas também de conselheiros e torcedores, com alguns pedindo intervenção federal nos bens de diretores.

O Que Vem Pela Frente?

Com a votação do impeachment marcada para 26 de maio de 2025, Melo enfrenta um momento crítico. Caso o Conselho Deliberativo aprove o afastamento por maioria simples, ele será suspenso temporariamente, e uma Assembleia Geral com associados decidirá sua destituição definitiva. Juristas apontam que, mesmo com o indiciamento, a denúncia do Ministério Público depende de provas robustas, e o processo pode se prolongar. Enquanto isso, Melo segue buscando apoio político e institucional, como em sua recente reunião com ministros do STF em Brasília, em 15 de maio de 2025, para discutir “melhorias no futebol brasileiro”.

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