Registros do Inicio do Bombardeio em Rave Universo Parallello
Ataque do Hamas em Universo Paralello; Diversos brasileiros estavam aproveitando o festival de música eletrônica Universo Paralello quando se viram sob ataque do grupo extremista armado Hamas no último sábado (7). O ataque chocante resultou em mais de 260 mortes no evento, que foi criado por Juraez Petrillo, pai do famoso DJ Alok, e estava localizado a apenas 30 minutos da Faixa de Gaza.
Petrillo, presente no local, registrou o momento em que a festa foi abruptamente interrompida pela chegada dos militantes do Hamas.
“Gente, o que é isso? Pararam a festa por causa de foguetes… Olhem as bombas. Estão explodindo, pessoal”
disse Petrillo em um vídeo. Ele conseguiu escapar com a ajuda da equipe de produção israelense.
Juarez Petrillo, pai de Alok, estava em Rave em Israel no momento em que começou os bombadeios do confito com Hamas.#Desastre #Tragedia #bombardeio #Hamas pic.twitter.com/zVvvJnss5J
— AMTVNEWS (@AMTVNEWSS) October 10, 2023
Entre os desaparecidos no festival estão Bruna Valeanu e Karla Stelzer Mendes, do Rio de Janeiro, e Ranani Glazer, do Rio Grande do Sul. Os brasileiros que estavam no evento compartilharam relatos angustiantes sobre os momentos de terror vividos durante o ataque.
O que aconteceu?
O bombardeio ao festival foi parte de um ataque surpresa realizado pelo Hamas contra Israel. A partir da Faixa de Gaza, os combatentes invadiram o território israelense, causando centenas de mortes e sequestrando mais de 100 pessoas como reféns. Em retaliação, Israel declarou guerra ao Hamas e lançou mísseis contra o território palestino.
“Foi um inferno. Mais de 300 tiros disparados contra nós”,
relatou Nathan Obadia, jogador de futvôlei. Ele lembra que festas anteriores próximas à Faixa de Gaza ocorreram sem incidentes.
Segundo Nathan, terroristas armados invadiram a fronteira e abriram fogo contra os participantes da rave. As sirenes começaram a tocar por volta das 6h. Nathan e seus amigos tentaram sair em direção a Tel Aviv, mas perceberam que os carros estavam retornando ao festival, então fizeram o mesmo. O grupo avistou carros com marcas de tiros.
“Nunca antes pessoas armadas haviam entrado em Israel. Isso nunca aconteceu. Mas desta vez aconteceu”, disse ele. “Entramos em uma área aberta, e foi quando eles começaram a nos atacar com tiros.”
Após o ataque ao carro, o grupo se deitou no chão atrás do veículo. “Tiros intermináveis, irmão… É inacreditável. A festa continuava, enquanto outras pessoas tentavam fugir e também eram alvejadas.”
Por sorte, o grupo saiu ileso, graças à intervenção de soldados que patrulhavam a região.
Rafael Birman; paulistano, estava com Nathan no grupo e chegou a enviar uma mensagem de áudio para a mãe se despedindo.
“Os militares abriram fogo contra os terroristas. Ficamos 20 minutos sob fogo intenso, e, milagrosamente, nenhum de nós saiu ferido.”
Rafael Zimerman; estava com os amigos Rafaela Treistman e Ranani Glazer, que está desaparecido. Ele conseguiu se refugiar em um bunker, mas ficou com estilhaços nas costas
. “Éramos apenas jovens curtindo uma festa, celebrando a vida. E, do nada, pessoas que desejam a morte interromperam tudo.”
Dentro do bunker, cercado por granadas e gás, Rafael fingiu estar morto.
“Havia pessoas pegando fogo, e eu não podia sair. Ao mesmo tempo, se tentasse sair, a chance de encontrar um terrorista era enorme. Então, acabei fingindo estar morto por horas”,
relembra.
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