Estudo revela mudança de comportamento entre homens jovens e acende debate sobre vícios digitais e saúde mental
Jovens preferem games e pornografia a sexo: Jovens trocam sexo por games e pornografia, diz estudo: Um estudo conduzido pelas universidades de Rutgers e Estadual de Nova York revelou uma tendência preocupante: homens jovens estão preferindo jogar videogames a manter relações sexuais casuais. A pesquisa, realizada entre 2007 e 2017 com cerca de dois mil participantes, apontou que o aumento no acesso à pornografia e a diminuição do consumo de álcool estão entre os fatores que contribuem para essa mudança de comportamento.
Especificamente, entre homens de 18 a 24 anos, a proporção dos que afirmam não ter feito sexo no último ano aumentou de 18,9% para 30,9% . A prática de jogar videogame apareceu como um dos principais motivos para essa queda na atividade sexual.
Vício em pornografia: um problema crescente
Especialistas alertam para as consequências do vício em pornografia, que tem se tornado cada vez mais comum com o fácil acesso a conteúdos adultos na internet. Durante uma audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, foi destacado que o vício em pornografia pode ter consequências fisiológicas e sociais significativas para os dependentes .
O Brasil ocupa a 10ª colocação entre os países que mais consomem pornografia, com 41% da audiência composta por jovens entre 18 e 24 anos . O uso excessivo pode levar a alterações na estrutura cerebral, afetando áreas responsáveis pelo controle de impulsos e tomada de decisões.
Impactos na saúde mental e no desenvolvimento social
O psicólogo Jonathan Haidt, autor do livro “A Geração Ansiosa”, destaca que o uso excessivo de redes sociais e o acesso precoce a conteúdos digitais podem contribuir para o aumento de transtornos mentais entre jovens. Haidt recomenda que adolescentes não tenham acesso a redes sociais antes dos 16 anos, visando prevenir problemas como ansiedade e depressão .
Além disso, o vício em jogos eletrônicos é reconhecido como um transtorno mental pela Organização Mundial da Saúde desde 2018. Esse comportamento pode levar ao isolamento social, dificuldades acadêmicas e profissionais, além de problemas de saúde física e mental.
O papel das redes sociais e a discussão nas plataformas digitais
Nas redes sociais, o debate sobre o impacto dos vícios digitais na juventude tem ganhado destaque. Usuários discutem as implicações do uso excessivo de tecnologia e a substituição de interações reais por virtuais. A discussão inclui preocupações sobre a saúde mental, o desenvolvimento social e a autonomia dos jovens adultos.
Caminhos para a recuperação e prevenção
Especialistas recomendam a busca por ajuda profissional para lidar com esses vícios. Terapias comportamentais, grupos de apoio e, em casos mais graves, internação, podem ser eficazes na recuperação. Além disso, é fundamental promover a educação digital e o uso consciente da tecnologia desde a infância, envolvendo pais, educadores e a sociedade em geral.
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