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segunda-feira, abril 14, 2025

Trump dá ultimato à China e impõe prazo de 13h para recuo em retaliações

Tensão entre as duas maiores economias do mundo volta a crescer e preocupa mercados internacionais

Trump dá prazo à China por tarifas: O ex-presidente dos Estados Unidos e pré-candidato republicano, Donald Trump, reacendeu a tensão comercial com a China ao estabelecer um prazo até o meio-dia de terça-feira (8 de abril) para que o governo chinês suspenda tarifas retaliatórias de 34% aplicadas sobre produtos norte-americanos.

Segundo Trump, caso Pequim não recue até o horário estipulado, os Estados Unidos aplicarão uma nova rodada de tarifas, com aumento de até 50% sobre uma série de produtos chineses. A medida entraria em vigor a partir do dia 9 de abril.

Detalhes da medida anunciada

Em comunicado à imprensa, Trump afirmou que os EUA não tolerarão mais “abusos comerciais sistemáticos” por parte da China. A decisão do ex-presidente ocorre em meio à retomada de sua campanha presidencial, e visa pressionar o governo chinês em meio a uma série de disputas comerciais que vêm se intensificando nos últimos anos.

Segundo fontes próximas ao Departamento de Comércio dos EUA, os novos aumentos tarifários atingiriam principalmente produtos eletrônicos, insumos industriais e alimentos processados, categorias consideradas estratégicas para a economia chinesa.

Resposta dura de Pequim

A reação chinesa não demorou. O Ministério do Comércio da China afirmou, por meio de nota oficial, que “não aceitará ameaças unilaterais” e que o país está preparado para “responder com firmeza” caso os Estados Unidos implementem as novas sanções.

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“A China está comprometida com o diálogo e a cooperação, mas responderá com todas as medidas necessárias para proteger seus interesses econômicos”, informou o comunicado divulgado na segunda-feira.

Impactos no mercado global

A ameaça de novas tarifas elevou o alerta nos mercados financeiros globais. Bolsas da Ásia e da Europa registraram quedas significativas nesta segunda-feira (7), refletindo o temor de uma nova guerra comercial entre os dois gigantes econômicos.

Analistas financeiros alertam que uma escalada nas tarifas pode comprometer a recuperação econômica global e pressionar cadeias de suprimentos já afetadas por conflitos geopolíticos e instabilidade cambial.

De acordo com a Bloomberg, o setor de tecnologia é um dos mais vulneráveis a essa nova disputa, uma vez que muitos componentes essenciais são fabricados na China e exportados para empresas norte-americanas.

Histórico de confrontos tarifários

Essa não é a primeira vez que Trump adota uma postura agressiva em relação à China. Durante seu primeiro mandato (2017–2021), ele protagonizou uma série de embates tarifários com Pequim, o que resultou em bilhões de dólares em prejuízos para ambos os lados.

Apesar de acordos pontuais, como a “Fase Um” do acordo comercial assinado em 2020, os dois países mantêm uma relação tensa, marcada por disputas sobre propriedade intelectual, segurança nacional e interferência tecnológica.

Veja também: China Promete “Lutar Até o Fim” Contra Novas Tarifas de Trump

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