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terça-feira, maio 20, 2025

Trama golpista: STF inicia depoimentos e ouve testemunhas que citam pressão de Bolsonaro sobre militares

Ex-comandantes relatam tentativas de ruptura institucional durante o governo; julgamento pode avançar até o fim de 2025

STF ouve testemunhas sobre golpe de Bolsonaro: O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início, nesta segunda-feira (19), à fase de oitivas das testemunhas no processo que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus ligados ao chamado “núcleo duro” do esquema. A fase de depoimentos, conduzida por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, se estenderá até o dia 2 de junho.

Ao todo, 82 testemunhas — entre nomes indicados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos acusados — serão ouvidas, a maioria por videoconferência. Advogados e imprensa não estão autorizados a gravar os depoimentos.

General revela pressão para apoiar ruptura institucional

Um dos depoimentos mais aguardados foi o do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, que afirmou, segundo fontes da investigação, que sofreu pressão direta de Bolsonaro para aderir a um plano de ruptura institucional com o objetivo de impedir a posse de Lula, eleito democraticamente em 2022. O general teria resistido, alertando que “as Forças Armadas não participariam de aventuras golpistas”.

Outras testemunhas de acusação ouvidas incluem o ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Júnior, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

Entenda a investigação e os réus do processo

A ação penal trata da articulação de um plano para anular as eleições presidenciais de 2022, impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter Bolsonaro no poder por meio de medidas inconstitucionais. Segundo a PGR, o plano envolvia a convocação de militares, produção de documentos falsos e tentativas de mobilização popular para criar o ambiente necessário a uma intervenção.

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Além de Bolsonaro, são réus no caso: o general Braga Netto, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros militares e civis acusados de integrar a trama.

Reações nas redes e próximos passos

Nas redes sociais, a hashtag #TramaGolpista esteve entre os assuntos mais comentados do dia. Apoiadores do ex-presidente questionaram a condução do processo, alegando perseguição política. Já críticos da gestão passada defenderam o avanço da investigação como fundamental para preservar a democracia.

O julgamento dos réus ainda não tem data definida, mas a expectativa é que o STF avance para a fase de interrogatórios nas próximas semanas, o que pode incluir o próprio Bolsonaro.

Veja Também: Escândalo no INSS: Golpe bilionário atinge até funcionários da própria instituição

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