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quinta-feira, novembro 14, 2024

Tragédia no RS Já Soma R$ 1,67 Bilhão em Indenizações de Seguros

A Catástrofe no Rio Grande do Sul e suas Consequências

Indenizações de R$ 1,67 bilhões no RS; Empresas de seguro que atuam no Rio Grande do Sul já contabilizam 23.441 comunicados de acidentes devido aos temporais que assolam o estado desde o final de abril. A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) informou que os avisos de sinistros somam mais de R$ 1,67 bilhão em indenizações, uma quantia que ainda não reflete totalmente a dimensão dos prejuízos causados pela catástrofe.

A Realidade dos Sinistros

Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, destacou que muitos segurados ainda não comunicaram seus sinistros, pois estão focados em questões urgentes de sobrevivência e proteção de seus bens. “É natural que as pessoas deixem para notificar os sinistros quando as coisas se acalmarem mais”, explicou Oliveira.

Ele também observou que, devido à extensão e densidade populacional das áreas afetadas, este será possivelmente o maior conjunto de indenizações já pago pelo setor segurador no Brasil, superando até mesmo o rompimento da barragem de Brumadinho (MG) em 2019.

Procedimentos de Pagamento Acelerados

Oliveira afirmou que as seguradoras estão adotando procedimentos rápidos para pagar os sinistros mais simples. “Muitas seguradoras já estão efetuando os primeiros pagamentos, com alguns sendo realizados em até 48 horas, utilizando processos simplificados que dispensam vistorias e auditorias”, assegurou.

Estatísticas dos Sinistros

Dados de 140 seguradoras associadas à CNseg mostram que o maior número de avisos de sinistro registrados entre 28 de abril e 22 de maio provém de clientes residenciais/habitacionais, totalizando 11.396 comunicados e aproximadamente R$ 240 milhões em pagamentos previstos. Os segurados automotivos vêm em seguida, com 8.216 registros e cerca de R$ 557 milhões, e o seguro agrícola com 993 registros ou R$ 47 milhões.

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Seguros empresariais, de transporte, riscos diversos e de engenharia resultaram em 2.450 avisos de sinistros, com uma previsão de pagamento de pouco mais de R$ 322 milhões. Já os seguros contra grandes riscos, que incluem empreendimentos de infraestrutura, somam 386 avisos e cerca de R$ 510 milhões.

Avaliação dos Grandes Riscos

Oliveira destacou a dificuldade em avaliar os danos dos grandes riscos no momento, pois muitas estruturas asseguradas estão alagadas. “Só quando as águas baixarem será possível avaliar os danos”, explicou ele, sem fornecer estimativas do valor total que as seguradoras poderão ter que pagar.

Ele enfatizou que é impossível e indesejável projetar o tamanho do impacto atualmente. “Qualquer número divulgado seria um grande chute, e a confederação não pode atuar desta maneira”, acrescentou Oliveira. Ele também garantiu que o risco de o sistema de seguros não dispor de recursos para pagar as indenizações devidas é mínimo, pois os custos são distribuídos entre várias empresas.

Comprometimento das Seguradoras

Oliveira lamentou a situação no Rio Grande do Sul e assegurou que o setor segurador está tomando medidas efetivas para ajudar a população do estado. “Recomendamos às seguradoras que adiassem os vencimentos dos contratos, e todas as empresas fizeram isso, prorrogando os vencimentos e reforçando suas equipes, atendendo até mesmo a pessoas que não eram clientes”, disse ele.

A tragédia no Rio Grande do Sul representa um desafio significativo para o setor de seguros, que está respondendo com rapidez e comprometimento. A colaboração entre seguradoras e a população é essencial para superar essa crise, e as medidas tomadas até agora demonstram um forte empenho em minimizar os impactos desta catástrofe.

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