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sexta-feira, novembro 15, 2024

Terremoto no Marrocos: Desafios para as Equipes de Resgate na Região Montanhosa

Busca Desesperada por Sobreviventes nas Aldeias Remotas

Terremoto no Marrocos: Desafios de Resgate; A região montanhosa do Alto Atlas no Marrocos, epicentro do recente terremoto de magnitude 6,8, que tirou a vida de pelo menos 2.000 pessoas, está apresentando desafios significativos para as equipes de resgate. As aldeias remotas, com suas construções antigas e simples, tornaram-se zonas de difícil acesso e localização de vítimas, o que pode levar dias para serem alcançadas.

Construções Vulneráveis nas Montanhas do Alto Atlas

As construções nas aldeias montanhosas, como Al-Haouz, Amizmiz e Asni, podem não ter suportado o impacto do terremoto devido à sua simplicidade e localização remota. A destruição causada pelo tremor nessas áreas fez com que o hospital local de Amizmiz fosse abandonado devido ao medo de novos abalos, sendo erguidas tendas para atendimento aos feridos.

Grandes Desafios para as Equipes de Resgate

Caroline Holt, da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, enfatiza que a “prioridade absoluta” é chegar até as aldeias remotas e resgatar pessoas presas nos escombros. O acesso a essas áreas é dificultado por estradas danificadas e congestionamento de veículos. A limpeza das rotas e a entrega de ajuda humanitária requerem equipamentos pesados.

Risco de Tremores Secundários

O epicentro do terremoto ocorreu a uma profundidade relativamente rasa de 18,5 km, resultando em cerca de 20 tremores secundários até o momento, incluindo um de magnitude 4,9, sentido 19 minutos após o sismo principal. A possibilidade de novos tremores secundários representa uma ameaça contínua.

Comunidades Locais Buscam Ajuda Mútua

Aldeões como Abdelkarim Brouri, residente de Amizmiz, relatam que suas comunidades estão se ajudando mutuamente, já que a ajuda externa tem sido limitada. A necessidade de abrigos temporários, como tendas, é urgente para aqueles cujas casas foram destruídas.

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Impacto e Resposta

O terremoto causou devastação em diversas províncias e municípios, incluindo al-Haouz, Marrakech, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant, resultando em mortes e ferimentos. Muitos moradores optaram por passar a noite ao ar livre, seguindo as orientações do governo para evitar retornar às residências em caso de novos tremores. Hospitais em Marrakech tratam um grande número de feridos, e as autoridades pedem doações de sangue.

Preocupações em Marrakech e Além

Partes da antiga medina de Marrakech, patrimônio mundial da Unesco, sofreram danos, e uma intensa poeira cobre a histórica mesquita Kutubiyya. O impacto do terremoto também foi sentido na Argélia, mas não causou danos significativos. A comunidade internacional, incluindo líderes do G20, se uniu em solidariedade ao Marrocos, oferecendo apoio e assistência diante dessa tragédia.

Veja também: Forte Terremoto no Marrocos Causa Mais de 600 Mortes

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