Onda de tarifas gera crise comercial global e força aliados a buscarem acordos com Washington
Trump impõe tarifas e países buscam negociação: O governo dos Estados Unidos, sob comando do presidente Donald Trump, colocou em prática, no início de abril de 2025, um novo pacote tarifário que atinge diretamente dezenas de parceiros comerciais. A decisão, anunciada como parte de um plano para proteger a indústria norte-americana, impôs tarifas de 10% sobre todas as importações e taxas extras específicas para diversos países considerados “desleais” comercialmente.
A lista inclui nações estratégicas como:
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China: 104%
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União Europeia: 20%
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Japão: 24%
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Coreia do Sul: 25%
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Vietnã: 46%
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Taiwan: 32%
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Israel: 17%
Ao todo, quase 70 países foram impactados pelas novas medidas, gerando reações imediatas em todo o globo.
Aliados pressionam por negociações diretas com os EUA
Japão e Reino Unido buscam acordos diplomáticos
Logo após o anúncio, o governo japonês confirmou o envio de uma comitiva liderada pelo ministro da Economia, Ryosei Akazawa, para Washington. A intenção do Japão é negociar ajustes ou isenções tarifárias, evitando retaliações diretas. O primeiro-ministro Shigeru Ishiba destacou que o país “priorizará a estabilidade nas relações comerciais”.
Do outro lado do mundo, o Reino Unido, comandado por Keir Starmer, também optou por tentar o diálogo. O secretário britânico do Comércio, Jonathan Reynolds, declarou que Londres descarta medidas imediatas de retaliação e buscará um acordo com os EUA “com base no respeito mútuo”.
Outros países na mesma rota
Além de Japão e Reino Unido, outros seis países já confirmaram interesse em iniciar conversas com a Casa Branca, entre eles:
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Coreia do Sul
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Vietnã
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Israel
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México
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Itália
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Camboja
Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, pelo menos 50 países já fizeram contato formal com Washington solicitando início de negociações. Ele afirmou que “o governo está aberto a acordos bilaterais”, mas exigirá “concessões reais”.
Reações econômicas e políticas: o mundo responde
China e UE optam pela retaliação
Enquanto alguns buscam diálogo, potências como China e União Europeia adotaram postura mais dura. Pequim anunciou um aumento de 84% nas tarifas de produtos norte-americanos, e Bruxelas aplicou tarifas de até 25% sobre mais de 1.700 produtos dos EUA.
A União Europeia também deu início a uma queixa formal na Organização Mundial do Comércio (OMC), acusando os EUA de violar os princípios de comércio justo.
Efeitos no mercado financeiro
Os mercados reagiram com forte instabilidade:
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O índice S&P 500 caiu 1,2%
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O Dow Jones recuou 0,9%
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A Nasdaq encerrou a semana em queda de 1,4%
Empresas com forte presença internacional, como a Stellantis, anunciaram suspensão temporária de operações no México e no Canadá, citando os impactos das tarifas sobre seus custos logísticos.
Trump mantém postura dura, mas admite “possibilidade de acordo”
Durante coletiva na Casa Branca, Trump defendeu sua decisão:
“Estamos apenas equilibrando o jogo. Por décadas, os Estados Unidos foram explorados. Isso acabou agora.”
Apesar do tom rígido, o presidente norte-americano afirmou estar aberto a negociações com países aliados, mas destacou que só haverá diálogo com aqueles que “entenderem que precisam ceder algo em troca”.
Scott Bessent foi ainda mais enfático:
“Quem se alinhar à China estará cortando a própria garganta.”
Um impasse com potencial explosivo
Com uma lista crescente de países buscando negociar e outros retaliando, o cenário se desenha como um dos maiores embates comerciais da década. A depender do desfecho das negociações bilaterais, os próximos meses poderão consolidar uma nova ordem no comércio internacional — ou escalar para uma guerra tarifária sem precedentes.
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