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quinta-feira, janeiro 16, 2025

Tarcísio defende câmeras corporais como fator de contenção e admite erros em posturas anteriores sobre segurança pública.

Mudança de postura em meio à crise na segurança pública

Tarcísio defende câmeras na PM: O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou nesta sexta-feira (6/12), em um evento em São Paulo, que as câmeras corporais são essenciais para conter abusos na Polícia Militar (PM). “Precisamos, sim, de contenção”, afirmou ao lado dos ministros Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e Ricardo Lewandowski, da Justiça. A declaração foi feita diante de uma plateia que incluía o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.

A fala do governador reflete uma tentativa de fazer “mea culpa” em meio à crise na segurança pública e aos recentes episódios de violência policial que impactaram sua gestão.

Reavaliando posicionamentos anteriores

Tarcísio reconheceu que sua percepção inicial sobre as câmeras corporais estava equivocada. Ele lembrou declarações anteriores, feitas durante as operações Escudo e Verão, que resultaram na morte de mais de 100 pessoas na Baixada Santista e levaram o governo a ser denunciado por violações de direitos humanos. Na época, Tarcísio havia minimizado as críticas, afirmando: “Podem ir à ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, eu não estou nem aí”.

Agora, o governador adota um tom mais conciliador. “Hoje, percebo que estava enganado. A política de câmeras não só ajuda a segurança pública como também funciona como um fator de contenção. E nós precisamos, sim, de contenção”, afirmou.

Equilíbrio na segurança pública

Tarcísio destacou que a atuação na segurança pública deve ser equilibrada, ponderando entre dar suporte aos agentes na linha de frente e garantir que procedimentos sejam cumpridos para evitar abusos.

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“Nosso desafio é proporcionar segurança jurídica aos agentes que atuam sob estresse e perigo constantes, sem permitir descontrole. Há procedimentos claros, e eles precisam ser seguidos”, declarou o governador.

Ele também reconheceu a necessidade de diálogo e cooperação para melhorar a segurança pública de forma geral. “Tenho muitas dúvidas. Estamos de portas abertas para receber ajuda e construir, juntos, um caminho que nos permita atingir os objetivos desejados”, completou.

Um passo para mudanças

As novas declarações de Tarcísio indicam uma reavaliação das políticas de segurança pública em São Paulo. A utilização de câmeras corporais, antes vista com ceticismo, agora é considerada um recurso essencial para a contenção e proteção, tanto da população quanto dos agentes. Com essa postura, o governo sinaliza abertura para mudanças que promovam equilíbrio e eficiência no combate à criminalidade.

Veja Também: Tarcísio admite que estava errado, muda postura sobre câmeras corporais e anuncia expulsão de PM que jogou homem da ponte

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