Liberação Após Três Meses de Prisão
Liberação Suspeita de Assassinato: Camila Barroso, investigada pela morte da babá Geovana Costa Martins, de 20 anos, deixou a prisão na manhã desta sexta-feira (15). A Justiça determinou a conversão de sua prisão preventiva para prisão domiciliar, atendendo ao pedido de sua defesa, que alegou a necessidade de cuidar de sua filha menor de 12 anos.
A liberação ocorreu após os trâmites realizados na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por volta das 12h30. Camila será monitorada por tornozeleira eletrônica e está proibida de sair de Manaus.
Contexto da Prisão e Investigação
Camila Barroso foi presa preventivamente em 28 de agosto deste ano, após a Polícia Civil reunir evidências de seu envolvimento na morte de Geovana. Entre os indícios, está uma fotografia que mostra a vítima com marcas de tortura, aparentemente registradas na residência onde a suspeita vivia com a jovem.
Além de Camila, outras duas pessoas são investigadas por possível participação no crime. Antônio Chelton Lopes de Oliveira, de 25 anos, foi preso em setembro, enquanto Eduardo Gomes da Silva permanece foragido.
Detalhes do Crime
Geovana foi dada como desaparecida em 19 de agosto. Seu corpo, encontrado no dia seguinte no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, apresentava sinais de tortura e foi identificado pela família no Instituto Médico Legal (IML) em 25 de agosto.
De acordo com a polícia, a vítima sofreu traumatismo craniano, provavelmente causado por agressões. A motivação do crime ainda não foi esclarecida.
Relatos sobre a Rotina de Geovana
A delegada Marília Campello revelou que Geovana trabalhava como babá na casa de Camila, localizada no bairro Petrópolis, Zona Sul da capital. Inicialmente contratada para cuidar da filha da patroa, a jovem foi forçada a permanecer no local, sendo impedida de sair ou de manter contato com pessoas externas, como o ex-namorado.
“Ela era forçada a participar de programas sexuais e a viver em condições degradantes. A casa funcionava como um local de exploração, onde outras meninas também eram aliciadas”, relatou a delegada.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil do Amazonas, que busca esclarecer todas as circunstâncias do crime e identificar outros envolvidos.
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