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quinta-feira, janeiro 16, 2025

Sargento confessa assassinato de jovem em Manaus e alega legítima defesa

Assassinato ocorreu na noite de Natal

Sargento confessa assassinato em Manaus: O sargento da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Edersson Oseias Cordeiro Lira, confessou ter matado o jovem Kennedy Cardoso de Miranda, de 22 anos, na noite de Natal, quarta-feira (25). O crime aconteceu na residência da ex-mulher do sargento, em Manaus. Durante depoimento à Polícia Civil, Edersson afirmou que agiu em legítima defesa após um desentendimento com a vítima.

Segundo o delegado Gerson Oliveira, responsável pelo caso, o sargento declarou que o jovem o atacou, forçando-o a disparar dois tiros em sua defesa. “Ele afirmou que houve um desentendimento e que a vítima teria insurgido contra ele. O PM teria efetuado dois disparos, alegando legítima defesa. Apesar disso, o sargento admitiu ter ingerido bebida alcoólica antes do ocorrido, embora negue estar embriagado no momento do crime”, explicou o delegado.

Arma usada no crime não foi localizada

O sargento Edersson declarou à polícia que não estava portando a arma da corporação no momento do crime e que não sabe onde está o armamento usado. Além de Kennedy, outras duas pessoas foram baleadas, mas o policial alegou desconhecer o número de disparos realizados.

Os familiares da vítima contestam a versão do suspeito. Eles afirmaram que o sargento, que é ex-marido da irmã da namorada de Kennedy, chegou ao local visivelmente alterado, insultando o jovem. “Ele entrou chamando o Kennedy de vag@bundo. Quando meu irmão perguntou por que estava sendo ofendido, o sargento atirou contra ele”, relatou um familiar.

Jovem estava em Manaus para passar o Natal

Kennedy Cardoso, natural do município de Autazes (a 113 km de Manaus), havia viajado para a capital para celebrar o Natal com a namorada. A festa em família, porém, terminou de forma trágica com sua morte.

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A Polícia Civil segue investigando o caso. O delegado Gerson Oliveira afirmou que a linha de investigação levará em consideração o depoimento do suspeito, o testemunho de familiares e as evidências colhidas no local. O caso está sob análise para determinar se houve, de fato, legítima defesa ou excesso por parte do policial.

Polícia Militar e familiares se pronunciam

A Polícia Militar emitiu nota lamentando o ocorrido e reforçando que não tolera atos que violem os princípios da corporação. “A PMAM está colaborando com as investigações e reafirma seu compromisso com a transparência e a justiça no caso”, destacou o comunicado.

Os familiares de Kennedy pedem justiça e contestam a narrativa de legítima defesa apresentada pelo sargento. “Queremos que a verdade venha à tona e que ele pague pelo que fez. Nada vai trazer o Kennedy de volta, mas ele merece justiça”, afirmou um parente da vítima.

Próximos passos da investigação

O sargento Edersson permanece sob custódia e será encaminhado ao sistema prisional enquanto as investigações prosseguem. A Polícia Civil informou que realizará novas diligências para localizar a arma utilizada no crime e obter mais depoimentos de testemunhas.

O caso continua gerando comoção na comunidade local, que espera respostas rápidas e a aplicação da justiça.

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