Bombardeio em massa com drones e mísseis atinge a segunda maior cidade da Ucrânia e deixa cenário de destruição; prefeito fala em “ponto de virada”
Rússia bombardeia Kharkiv e mata três civis: A cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia, viveu um dos momentos mais críticos desde o início da invasão russa, em 2022. Na madrugada deste sábado (7), a Rússia lançou um bombardeio massivo que matou ao menos três pessoas e feriu outras 22, entre elas uma adolescente de 14 anos e um bebê de apenas um mês e meio, segundo as autoridades ucranianas.
O prefeito Ihor Terekhov classificou o ataque como “o mais poderoso” desde o início da guerra. O bombardeio devastou áreas residenciais e prédios públicos, atingindo 18 edifícios de apartamentos e 13 casas particulares.
Ofensiva com drones e mísseis surpreende população de Kharkiv
Ataque começou durante a madrugada e durou várias horas
De acordo com o governador regional Oleh Syniehubov, a Rússia utilizou ao menos 48 drones kamikazes, três mísseis balísticos e cinco bombas planadoras para atingir dois distritos da cidade. A ofensiva destruiu infraestruturas civis, escolas e interrompeu o fornecimento de energia em diversos bairros.
A Força Aérea da Ucrânia afirmou que, ao longo da noite, mais de 200 drones e 9 mísseis foram lançados contra diferentes regiões do país, dos quais 87 drones e 7 mísseis foram interceptados com sucesso.
Escalada após ofensiva ucraniana gera temor de novo ciclo de retaliações
“Operação Teia de Aranha” teria motivado resposta russa
Fontes militares acreditam que o ataque russo foi uma resposta direta à “Operação Teia de Aranha”, ação ucraniana com drones que, segundo Kiev, destruiu até 40 aeronaves militares russas em várias bases aéreas. Desde então, Moscou aumentou a intensidade dos bombardeios, lançando mais de 400 drones e 45 mísseis em apenas 48 horas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reforçou o apelo por um cessar-fogo imediato e propôs uma nova rodada de negociações com Vladimir Putin, mas o Kremlin rejeitou a proposta, exigindo retirada total das forças ucranianas das áreas ocupadas.
Reações internacionais e redes sociais cobram resposta
População chora perdas enquanto mundo cobra ação
A hashtag #KharkivUnderAttack dominou as redes sociais, com imagens de prédios destruídos, gritos de socorro e relatos de civis em pânico circulando amplamente. Muitos internautas criticaram o silêncio da comunidade internacional e pedem mais sistemas de defesa aérea para a Ucrânia.
O presidente dos EUA, Donald Trump, comentou que a Ucrânia “deu a Putin uma razão para retaliar”, gerando repercussão negativa entre aliados da OTAN. Já especialistas alertam para o risco de uma nova escalada, com possível uso de armamentos ainda mais pesados.
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