Aliança fortalece laços estratégicos entre Putin e Kim Jong-un
De acordo com o comunicado russo, as cartas de ratificação foram trocadas em Moscou pelos vice-ministros das Relações Exteriores das duas nações. “O tratado entrou em vigor em 4 de dezembro de 2024, após a troca das cartas de ratificação”, afirmou o comunicado.
Detalhes do acordo e impacto geopolítico
O tratado foi assinado em 19 de junho por Vladimir Putin e Kim Jong-un, durante uma visita do presidente russo à Coreia do Norte, e ratificado pelo Parlamento russo em novembro. Ele estabelece uma “assistência militar mútua imediata” em caso de agressão armada contra qualquer uma das partes.
Além do compromisso militar, o pacto abrange cooperação em várias áreas, incluindo enfrentamento às sanções ocidentais e alinhamento estratégico na ONU. Segundo Kim Jong-un, o acordo impulsiona a construção de um “mundo multipolar”, enfraquecendo o domínio de potências hegemônicas.
Rússia e Coreia do Norte intensificaram os laços diplomáticos e militares desde 2022, coincidindo com a ofensiva russa na Ucrânia. Relatórios dos Estados Unidos e da Coreia do Sul alegam que a Coreia do Norte teria enviado mais de 10 mil soldados para apoiar as forças russas no conflito.
Pontos principais do tratado
O acordo, que contém 23 artigos, abrange temas como defesa, cooperação econômica e cultural. Confira os destaques:
- Assistência militar imediata: Em caso de ataque a um dos países, o outro fornecerá suporte militar imediato.
- Preservação da soberania: Ambos se comprometem a não firmar pactos que comprometam a segurança mútua ou permitam o uso de seus territórios para ameaças externas.
- Cooperação em segurança: Estabelecimento de mecanismos conjuntos para fortalecer a defesa, prevenir conflitos e combater terrorismo, extremismo e crimes transnacionais.
Críticas internacionais e posicionamento
O acordo gerou preocupações entre potências ocidentais. Para os Estados Unidos, o pacto reforça a aliança militar entre os dois países, desafiando sanções e normas internacionais. Por outro lado, Putin e Kim destacam o tratado como um marco para reequilibrar o poder global.
Enquanto isso, a ONU e aliados ocidentais continuam atentos às movimentações das duas nações, ressaltando os riscos para a estabilidade geopolítica global.
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