Rio Negro volta a subir após recorde de seca histórica com 12,11 Metros

Rio Negro registra aumento após atingir nível histórico de seca em Manaus

Rio Negro sobe após seca Histórica: Após o Rio Negro, em Manaus, alcançar o recorde histórico de 12,11 metros — o nível mais baixo desde o início dos registros em 1902 —, as águas voltaram a subir. Após três dias de estabilidade, foi registrado um aumento de dois centímetros, sendo um centímetro no domingo (13) e outro na segunda-feira (14).

Oscilações do Rio Negro indicam “repiquete”

A recente elevação das águas pode estar associada ao fenômeno conhecido como “repiquete”, comum na bacia amazônica. Esse fenômeno é caracterizado por oscilações nos níveis dos rios, com elevações e quedas sucessivas, em um comportamento semelhante ao movimento de uma sanfona.

Esse aumento vem após 104 dias consecutivos de descida das águas do Rio Negro, período que começou em 17 de junho de 2024. O rio permaneceu estável pela primeira vez no dia 10 de outubro, com o nível de 12,11 metros. Mesmo assim, a seca no Amazonas segue crítica, afetando não apenas Manaus, mas também diversas regiões do estado.

A pior seca da história recente

Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), 2024 representa a pior seca já registrada em Manaus pelo segundo ano consecutivo. Entre os números alarmantes, destaca-se o Rio Solimões, em Manacapuru, que atingiu a marca de 2,06 metros no sábado (12), com leve aumento no dia seguinte.

No Alto Solimões, em Tabatinga, a situação foi ainda mais dramática, com o rio marcando uma cota negativa de -2,54 metros no dia 26 de setembro. A seca em toda a região é tão severa que a Prefeitura de Manaus decretou estado de emergência por 180 dias, fechando a Praia da Ponta Negra e tomando medidas para mitigar os impactos da estiagem prolongada.

Um alerta para o futuro

O ciclo de secas e enchentes na Amazônia é parte do comportamento natural dos rios da região, mas as recentes mudanças climáticas e seus efeitos extremos têm agravado a situação. A seca prolongada exige ações rápidas e coordenadas entre as autoridades para garantir o bem-estar das comunidades afetadas e proteger o ecossistema amazônico.

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