Decisão é tomada em resposta aos eventos climáticos extremos que afetam mais de 100 municípios, deixando um rastro de morte e destruição.
Rio Grande do Sul em Estado de Calamidade: O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública nesta quarta-feira (1º) em decorrência dos “eventos climáticos de chuvas intensas”. A medida foi oficializada em edição extra do Diário Oficial do Estado.
O decreto destaca os graves impactos das chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais, classificados como desastres de Nível III. Com isso, órgãos e entidades públicas estaduais estão mobilizados para prestar apoio à população atingida.
Consequências devastadoras dos temporais
Os temporais que assolam o estado desde segunda-feira (29) já resultaram em 10 mortes confirmadas, 21 pessoas desaparecidas e 11 feridas, segundo dados da Defesa Civil. Mais de 100 cidades enfrentam os impactos desses desastres naturais, com milhares de desalojados e desabrigados.
Durante coletiva à imprensa, o governador Eduardo Leite comparou a magnitude da tragédia com eventos similares ocorridos em 2023, destacando a dificuldade em realizar os resgates devido à dispersão geográfica dos afetados e às condições climáticas adversas.
Apelo por ajuda e ações emergenciais
Leite solicitou apoio urgente do governo federal, destacando a necessidade de intervenção para enfrentar a situação de emergência. A Força Aérea Brasileira enviou helicópteros para auxiliar nas operações de resgate, porém, as condições meteorológicas têm dificultado as ações.
Diante do cenário crítico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou sua visita ao Rio Grande do Sul para avaliar pessoalmente a situação e coordenar esforços de auxílio.
Alerta de risco e medidas preventivas
Meteorologistas alertam para o risco extremo de mais chuvas nas próximas horas, ampliando as preocupações com possíveis novos deslizamentos e enchentes. O governador também destacou o perigo iminente de rompimento da barragem Quatorze de Julho na Serra do RS, com planos de evacuação já em andamento.
O estado permanece em alerta máximo, com equipes de resgate e defesa civil mobilizadas para enfrentar essa crise sem precedentes e garantir a segurança da população.
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