Situação de Emergência no Estado do Amazonas
Queimadas e Seca no Amazonas em 2024: O Amazonas registrou mais de 2,5 mil focos de queimadas em outubro deste ano, tornando-se o segundo pior outubro em 26 anos de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Apesar desse número expressivo, ele ainda fica atrás do recorde de outubro de 2023, que contabilizou 3.858 queimadas. A Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) foi questionada sobre as medidas de combate a esses incêndios, mas ainda não forneceu resposta oficial.
Queimadas e Estado de Emergência Ambiental
O acumulado do ano já supera 24 mil focos de calor, fazendo de 2024 o pior ano da série histórica no estado, em que todas as 62 cidades foram afetadas pela fumaça nos meses de agosto e setembro. Durante o auge, uma grande extensão de fogo se formou, cobrindo grande parte do estado e comprometendo a qualidade do ar, que foi considerada ruim ou péssima em diversas regiões.
De acordo com o Inpe, entre 1º e 31 de outubro, foram contabilizados 2.557 focos de calor no estado. Esse número torna outubro o quarto mês consecutivo com índices alarmantes de queimadas. Desde julho, com o aumento das temperaturas e a estiagem, o Amazonas enfrenta uma das piores crises ambientais das últimas décadas.
Principais Registros de Focos de Calor em 2024:
- Julho: 4.241 focos (o pior dos últimos 26 anos)
- Agosto: 10.328 focos (também o pior dos últimos 26 anos)
- Setembro: 6.879 focos (o terceiro pior em 26 anos)
Seca Extrema Agrava o Cenário das Queimadas
Além das queimadas, o Amazonas enfrenta uma intensa seca, o que contribui para a piora das condições. Segundo a Defesa Civil, cerca de 800 mil pessoas estão sendo diretamente afetadas pela seca severa. O Rio Negro, em Manaus, registrou o menor nível em mais de um século, atingindo 12,11 metros, o que levou ao fechamento da Praia da Ponta Negra e impactou o transporte fluvial e o abastecimento de insumos do Polo Industrial de Manaus.
Oscilações no Nível do Rio e Repiquete
A Defesa Civil do Amazonas informou que o Rio Negro, após atingir seu menor nível em outubro, apresentou uma leve subida, mas logo voltou a baixar. Esse fenômeno, conhecido como “repiquete”, é comum na região amazônica e se caracteriza por variações no nível dos rios, subindo e descendo em um efeito semelhante ao de uma sanfona. Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) alertam que, devido à escassez de chuvas, a capital do estado pode continuar sofrendo com a seca até dezembro.
Perspectivas e Ações de Combate
Dada a situação crítica, especialistas enfatizam a necessidade de políticas efetivas de prevenção e combate às queimadas no estado. Com o avanço da temporada de estiagem e as mudanças climáticas que influenciam a região, o Amazonas enfrenta desafios crescentes na preservação de suas florestas e na proteção da população local.
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