Sistema de Defesa Russo Pode Ter Causado Queda de Avião no Cazaquistão
Das 67 pessoas a bordo, 38 perderam a vida, e 29 estão hospitalizadas. A investigação preliminar aponta que o sistema Pantsir-S disparou contra o avião ao confundi-lo com drones ucranianos, que sobrevoavam a região no momento.
Disparo acidental
Segundo quatro fontes ligadas à investigação no Azerbaijão, o ataque não foi intencional. Os militares russos acreditavam que a aeronave era um drone ucraniano, em meio a tensões crescentes na região. Além disso, sistemas de guerra eletrônica interferiram no GPS do avião, que chegou a oscilar em altitude por mais de uma hora antes de cair.
Imagens da aeronave exibem danos consistentes com perfurações causadas por projéteis, enquanto um vídeo mostra o avião pegando fogo antes de atingir o solo.
Reações e investigações
Autoridades do Azerbaijão, Cazaquistão e Rússia formaram uma comissão conjunta para apurar o ocorrido. Moscou, porém, ainda não confirmou oficialmente a causa do acidente, enquanto o governo do Cazaquistão prometeu transparência no processo.
O presidente russo Vladimir Putin prestou condolências ao líder do Azerbaijão, Ilham Aliyev, expressando pesar pela tragédia.
Ação de emergência e suporte
O Ministério de Emergências do Cazaquistão informou que equipes de resgate conseguiram salvar sobreviventes de uma seção intacta da fuselagem. Os feridos foram encaminhados a hospitais da região.
A Embraer também se manifestou, expressando condolências e oferecendo total apoio às autoridades investigativas. “Estamos profundamente tristes com a ocorrência de hoje, próximo a Aktau, no Cazaquistão. Nossos pensamentos estão com as famílias e amigos das vítimas”, declarou a empresa.
Contexto e desdobramentos
O acidente ocorre em um cenário de conflitos no sul da Rússia, agravados por ataques de drones. Como medida preventiva, a Azerbaijan Airlines suspendeu todos os voos para Grózni até que as investigações sejam concluídas.
Esse trágico episódio ressalta os desafios e os riscos enfrentados pela aviação civil em zonas de conflito, aumentando a pressão sobre os governos locais para evitar novas tragédias.
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