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sábado, fevereiro 22, 2025

Putin nega exclusão da Ucrânia em negociações de paz com Trump, mas Kiev contesta

Presidente russo afirma que Ucrânia não foi deixada de fora dos diálogos, mas ausência de representantes ucranianos gera críticas

Putin nega exclusão da Ucrânia em negociações de paz: O presidente da Rússia, Vladimir Putin, negou nesta semana que a Ucrânia tenha sido excluída das negociações de paz entre Moscou e os Estados Unidos. A declaração ocorreu após críticas do governo ucraniano e de aliados europeus sobre a falta de representantes de Kiev nas reuniões realizadas na Arábia Saudita.

Putin afirmou que “ninguém excluiu a Ucrânia desse processo”, mas reforçou que a paz só será possível se houver um acordo direto entre Washington e Moscou. A postura do Kremlin gerou reações imediatas do governo ucraniano, que classificou a situação como “inaceitável” e um sinal de negociações à revelia de Kiev.

Enquanto isso, o ex-presidente dos Estados Unidos e pré-candidato republicano Donald Trump fez declarações polêmicas, sugerindo que a Ucrânia seria a responsável pelo conflito, o que aumentou as tensões no cenário diplomático.

O que está por trás das negociações de paz sem a Ucrânia?

As negociações envolvendo Rússia e EUA foram realizadas em Riad, capital da Arábia Saudita, e tiveram como foco um possível acordo de cessar-fogo na guerra da Ucrânia. No entanto, a ausência de representantes ucranianos no encontro gerou indignação, especialmente por parte do presidente Volodymyr Zelensky.

Zelensky classificou as tratativas como “uma afronta à soberania da Ucrânia”, reforçando que “não há paz sem que a Ucrânia esteja na mesa de negociações”.

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Putin, por sua vez, minimizou as críticas e alegou que o governo ucraniano está em “histeria desnecessária”. O líder russo também destacou que qualquer solução para o conflito deve passar pela reconstrução da confiança entre Moscou e Washington, um dos pontos centrais das reuniões em Riad.

Trump sugere que a Ucrânia é culpada pelo conflito

A presença de representantes próximos a Donald Trump nas negociações ampliou a polêmica. O ex-presidente norte-americano sugeriu, em recente entrevista, que a Ucrânia teria provocado a guerra, além de criticar abertamente Volodymyr Zelensky.

Trump, que atualmente disputa as eleições presidenciais de 2024 nos EUA, declarou que “Zelensky age como um ditador” e questionou a ausência de eleições na Ucrânia durante a guerra.

As falas foram vistas como um sinal de distanciamento do governo ucraniano caso Trump vença as eleições, o que pode alterar o rumo da guerra e impactar diretamente o envio de ajuda militar dos EUA para Kiev.

Ucrânia pode ser excluída das futuras negociações?

A maior preocupação de Zelensky e seus aliados europeus é que a Ucrânia seja gradualmente afastada das negociações e que um possível acordo seja firmado sem a participação ativa de Kiev.

Líderes da União Europeia demonstraram apoio ao presidente ucraniano e reforçaram que não aceitarão um acordo de paz que não envolva diretamente a Ucrânia. O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, declarou que “qualquer tratado que ignore Kiev será inválido”.

Enquanto isso, analistas avaliam que Putin tenta impor um acordo favorável à Rússia, aproveitando a possibilidade de um enfraquecimento do apoio ocidental à Ucrânia com uma eventual vitória de Trump.

O que esperar dos próximos passos?

O cenário diplomático segue incerto e altamente volátil. A tendência é que as negociações continuem avançando, mas com pressões para que a Ucrânia seja integrada ao processo de paz.

Entre os próximos passos, destacam-se:

  • Possível nova rodada de negociações com a participação da União Europeia;
  • Declarações mais contundentes do governo ucraniano contra as tratativas entre EUA e Rússia;
  • Impacto das eleições americanas sobre o apoio dos EUA à Ucrânia;
  • Resposta da Casa Branca sobre as declarações de Trump e o futuro da ajuda militar a Kiev.

Por enquanto, a crise segue sem solução, e o destino da Ucrânia nas negociações permanece uma incógnita.

Veja Também: Estados Unidos e Rússia Negociam Fim da Guerra na Ucrânia, mas sem a Presença do Governo Ucraniano

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