Operação Policial Abrange Diversas Delegacias
Prisão de Operador Financeiro da Milícia: Combate ao Crime; A Polícia Civil do Rio de Janeiro efetuou a prisão, na tarde de terça-feira (24), em Ramos, zona norte da cidade, de um homem suspeito de atuar como operador financeiro de uma milícia liderada por Danilo Dias Lima, também conhecido como Tandera. Tandera é uma das três principais lideranças criminosas procuradas no estado.
A prisão foi resultado de uma operação conjunta que envolveu policiais da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais), da Polinter, da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais). O governador Cláudio Castro (PL) anunciou a prisão, destacando o impacto significativo na luta contra as milícias.
Detalhes da Prisão e das Investigações
O indivíduo detido é André Felipe Mendes, primo de Tandera, e está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público. Mendes foi encontrado com uma escopeta e munições. A prisão foi efetuada com base em um mandado de prisão relacionado a organização criminosa, emitido pela Vara Especializada da capital.
O governador Castro reforçou o compromisso do estado em enfrentar essas organizações criminosas que ameaçam a população. Ele enfatizou que o combate às milícias é inabalável.
Medidas Adicionais Contra o Crime Organizado
Além da prisão, o governador anunciou a criação de um grupo de trabalho em conjunto com o Ministério da Justiça. Este grupo terá a missão de investigar a lavagem de dinheiro no Rio e contará com a participação de representantes de instituições de segurança e controle financeiro, incluindo a Fazenda Estadual, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Resposta aos Ataques aos Transportes Públicos
Os recentes ataques aos transportes públicos no Rio de Janeiro, que resultaram no incêndio de 35 ônibus e um trem, estão relacionados à morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, um dos líderes da maior milícia do estado. Os ataques causaram caos no trânsito da zona oeste da cidade, afetando oito bairros com o fechamento de diversas vias.
As ações dos milicianos no transporte público geraram um prejuízo financeiro estimado em cerca de R$ 38 milhões para as empresas, uma vez que cada ônibus demanda seis meses para ser substituído. Aproximadamente 2,5 milhões de pessoas foram impactadas pelos incêndios. Seis pessoas foram presas e enfrentarão acusações de terrorismo, enquanto outras seis que haviam sido detidas foram liberadas devido à falta de evidências de envolvimento nos ataques.
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