Investigação aponta esquema envolvendo empresas fantasmas e veículos de alto padrão
O esquema de fraudes fiscais
De acordo com as investigações, o grupo criminoso utilizava empresas fantasmas para obter descontos fiscais na aquisição de automóveis de luxo. O esquema consistia em:
- Pessoas físicas usavam o CNPJ de empresas fictícias para registrar os veículos;
- Após a compra com o desconto concedido às empresas, os carros eram transferidos para o nome das pessoas físicas envolvidas.
O esquema se aproveitava de brechas na legislação brasileira que permite descontos fiscais para empresas na compra de veículos, especialmente aqueles usados em atividades comerciais.
Envolvimento de concessionárias e instituições financeiras
A PF informou que o esquema contava com a participação de gerentes e funcionários de instituições financeiras e concessionárias. Esses profissionais facilitavam o acesso aos benefícios fiscais, cientes das irregularidades no processo.
A operação também investiga o envolvimento de empresas ligadas à comercialização e financiamento dos veículos, além de outros participantes que colaboraram para viabilizar o esquema.
Valores e apreensões
A PF estima que o esquema tenha movimentado ilegalmente cerca de R$ 15 milhões. Durante a operação, está prevista a apreensão de pelo menos 40 veículos de luxo.
No entanto, até o momento, não foi informado o número exato de veículos apreendidos no Amazonas e nos demais estados.
Crimes investigados
Os suspeitos podem responder pelos seguintes crimes:
- Obtenção de financiamento mediante fraude;
- Sonegação fiscal;
- Falsidade ideológica;
- Lavagem de dinheiro.
Além disso, outras infrações poderão ser incluídas conforme o andamento das investigações.
Impacto da operação
A operação ‘Creditum’ reforça o compromisso das autoridades em combater esquemas que causam prejuízos ao erário público. A utilização de CNPJs fictícios para driblar a legislação fiscal é uma prática que prejudica a arrecadação de impostos e beneficia grupos organizados em detrimento da coletividade.
Com a continuidade das investigações, a Polícia Federal e a Receita Federal buscam identificar outros envolvidos e recuperar valores que possam ter sido desviados no esquema.
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