Cão farejador Xerife ajuda a desmascarar transporte milionário de entorpecentes em embarcação no rio Solimões
36 kg de drogas achados em farinha no AM: A Polícia Militar do Amazonas realizou uma apreensão surpreendente neste sábado (5), durante mais uma fiscalização da Base Fluvial Arpão 3, instalada no rio Solimões, nas proximidades do município de Coari (a 363 km de Manaus). Ao inspecionar uma embarcação que seguia de Tefé para a capital, agentes encontraram 36 quilos de drogas escondidos em sacos de farinha, uma das cargas mais comuns da região.
A operação foi apoiada pelo cão policial Xerife, que sinalizou positivamente para um dos sacos no convés da embarcação F/B América. Após a verificação, foram encontrados 33 quilos de maconha do tipo skunk e 3 quilos de cocaína distribuídos em oito sacos de farinha, que seriam transportados até Manaus.
Droga camuflada entre produtos regionais
A tática usada pelos traficantes impressionou os policiais. Ao utilizarem sacos de farinha como camuflagem, os criminosos demonstram conhecimento das rotas e tentam se misturar ao transporte legítimo de produtos amazônicos. Essa prática tem sido cada vez mais comum nas vias fluviais da região, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas.
“A carga tinha aparência comum, mas o cão farejador apontou o local exato. O entorpecente foi prensado e cuidadosamente escondido em meio ao pó da farinha”, informou um dos agentes da Base Arpão 3 em nota oficial.
Prejuízo milionário ao narcotráfico
A carga foi avaliada em R$ 885 mil, segundo estimativas das autoridades. O material ilícito foi imediatamente encaminhado à Delegacia da Base Arpão para registro e investigação. Apesar da apreensão expressiva, nenhum suspeito foi preso até o momento. As investigações continuam para identificar os responsáveis pelo envio e o destinatário final da droga em Manaus.
Essa apreensão reforça o papel da Base Arpão no combate ao tráfico no interior, especialmente no trecho fluvial entre Tefé e a capital amazonense, uma rota estratégica para o escoamento de entorpecentes oriundos da tríplice fronteira.
Reações nas redes e desconfiança popular
Nas redes sociais, internautas comentam a ousadia da camuflagem:
“Já esconderam droga em carvão, agora em farinha. Daqui a pouco vai estar no tucupi”, ironizou um usuário do X (antigo Twitter). Outros cobraram mais rigor nas fiscalizações de cargas fluviais e a instalação de escâneres nos portos regionais.
Algumas postagens também levantam dúvidas sobre a origem da carga:
“Será que ninguém da tripulação sabia?”, questiona um morador de Coari, sugerindo possível envolvimento de intermediários locais.
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