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quinta-feira, novembro 14, 2024

Pantanal e Amazônia sofrem com os piores incêndios em quase 20 anos, revela observatório europeu

Fatores como seca prolongada e altas temperaturas aumentam a intensidade dos incêndios e pioram a qualidade do ar

Piores incêndios no Pantanal e Amazônia em 20 anos: O Pantanal e a Amazônia enfrentaram seus incêndios mais devastadores em quase duas décadas, afetando a qualidade do ar em diversas regiões da América do Sul, segundo cientistas do Observatório Europeu Copernicus. Nesta segunda-feira (23), o observatório divulgou que os dados consideram o número de focos de incêndio, a área afetada e as emissões de carbono resultantes.

Incêndios acima da média

O Serviço de Monitoramento da Atmosfera do Copernicus (CAMS) revelou que as emissões de incêndios no Brasil em 2024 estão acima da média histórica. Até 19 de setembro, o país havia emitido cerca de 183 megatoneladas de carbono, um número comparável ao recorde de 2007, quando foram emitidas 65 megatoneladas apenas em setembro.

Os estados do Amazonas e Mato Grosso do Sul, onde o Pantanal está localizado, registraram as maiores emissões de carbono dos últimos 22 anos de monitoramento, com 28 e 15 megatoneladas emitidas, respectivamente. Além disso, a Bolívia também foi gravemente afetada, registrando um recorde histórico de 76 megatoneladas de emissões até meados de setembro, superando o recorde anterior de 2010.

Impacto dos incêndios no Pantanal e Amazônia

Enquanto os incêndios no Pantanal contribuíram significativamente para o aumento das emissões de carbono no Brasil, o impacto na Bolívia foi moderado. A cidade de Santa Cruz de La Sierra foi apontada como a principal origem das emissões no país vizinho.

Em setembro de 2024, mais de 32 megatoneladas de carbono foram emitidas na Bolívia. No Brasil, o Pantanal e a Amazônia continuam sendo os principais pontos críticos de incêndios, com a fumaça gerada se espalhando por toda a América do Sul, chegando até a cruzar o Oceano Atlântico.

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Causas e efeitos dos incêndios

Mark Parrington, cientista sênior do CAMS, destacou que os incêndios em 2024 na América do Sul estão bem acima da média, mesmo durante o período de julho a setembro, que é tradicionalmente marcado por queimadas. Segundo o observatório, fatores como temperaturas elevadas e seca prolongada contribuíram significativamente para o aumento da intensidade do fogo.

“A extensão da fumaça e seus impactos na qualidade do ar mostram a gravidade desses incêndios. O monitoramento contínuo é essencial para compreender os efeitos dessas emissões na atmosfera e na saúde das pessoas”, afirmou Parrington.

O Copernicus também ressaltou que esses incêndios são fora do comum, tanto pela extensão das áreas afetadas quanto pela magnitude das emissões de carbono. O impacto das chamas não apenas danificou ecossistemas locais, mas também prejudicou a qualidade do ar em cidades distantes.

Monitoramento e prevenção

Diante dessa situação alarmante, os cientistas recomendam que o monitoramento e as ações preventivas sejam intensificados para mitigar os danos ambientais e à saúde pública causados pelos incêndios florestais. Ações coordenadas entre os países da América do Sul são vistas como cruciais para conter a propagação das chamas e minimizar suas consequências.

Veja também: Agricultores no Amazonas Sofrem com a Pior Seca da História: Produção em Risco

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