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sexta-feira, novembro 15, 2024

Operação Contra PMs, CACs e Empresários Suspeitos de Desviar Armas para Facções Resulta em 18 Prisões e um Baleado

Armamento Ilegal Utilizado em Ações do Novo Cangaço

Operação Fogo Amigo: Uma força-tarefa, liderada pela Polícia Federal da Bahia, deflagrou nesta terça-feira (21) a “Operação Fogo Amigo”. A operação visa desmantelar uma ampla organização criminosa formada por policiais militares dos Estados da Bahia e Pernambuco, além de CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) e comerciantes de armas e munição.

Investigação Descobre Esquema Multimilionário

As investigações revelaram um esquema multimilionário de venda ilegal de armas e munições para facções criminosas na Bahia, Pernambuco e Alagoas. Até o momento, 18 pessoas foram presas e uma foi baleada durante um confronto com as forças de segurança.

Detalhes do Confronto e Apreensões

A pessoa baleada foi identificada como Diego do Carmo dos Santos, que havia feito 16 encomendas aos investigados entre 14 de fevereiro de 2022 e 6 de junho de 2023. Durante a operação, foram apreendidas pelo menos 20 armas de fogo, principalmente pistolas 9 mm, e milhares de munições de vários calibres, incluindo fuzis. Em uma casa em Salvador, a força-tarefa encontrou mais de 400 munições de fuzil.

Esquema Envolvia Laranjas e Falsificação de Documentos

O esquema criminoso incluía a inserção de informações falsas nos sistemas oficiais de controle de armas. A justiça baiana expediu 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão nos estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas. Um sargento da PM de Petrolina (PE) foi identificado como tendo movimentado cerca de R$ 2,1 milhões em um período de pouco mais de seis meses, um valor incompatível com seu salário.

Participação Ampla e Complexa

Mais de 300 Policiais Federais, grupos táticos da Polícia Militar da Bahia, Polícia Militar de Pernambuco, promotores do Gaeco da Bahia e de Pernambuco, além de integrantes do Exército, participaram da operação. A decisão judicial autoriza a operação após a quebra de sigilo telefônico e telemático dos investigados, revelando uma organização criminosa especializada no comércio ilegal de armas de fogo, munições e itens balísticos.

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Implicações Criminais e Penas

Os investigados responderão por crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, com penas que podem chegar a 35 anos de reclusão. As lojas envolvidas na venda ilegal de armas, como a Sport Tiro e a Comercial Taurus, tiveram suas atividades suspensas.

Operação Fogo Amigo

A operação recebeu o nome “Fogo Amigo” devido ao fato de policiais venderem armas e munições de forma ilegal para criminosos, que acabam utilizando esse armamento contra as próprias forças de segurança pública. Esta operação é um lembrete severo da corrupção dentro das forças de segurança e da necessidade de medidas rigorosas para combater o tráfico de armas e proteger a segurança pública.

Veja também: Mãe e Filhos Presos com Meia Tonelada de Drogas em Manaus

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