Ex-BBB detalha perda de peso, depressão e acusa sócio de aplicar golpe em clientes
Nego Di preso por estelionato: O humorista e ex-BBB Nego Di, condenado por estelionato, quebrou o silêncio e relatou os momentos mais difíceis que enfrentou na prisão. Em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record, exibida no último domingo (16), ele revelou ter perdido 33 kg, ficado dias sem comer e enfrentado crises de depressão. “Minha vida desabou”, resumiu.
O caso envolve a loja virtual Tadizuera, apontada como fachada para golpes em cerca de 370 clientes, com prejuízos que somam mais de R$ 350 mil, segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul.
Prisão expôs humilhação e quadro de depressão
Algemado em viatura e isolamento
Nego Di contou que chegou a passar 72 horas sem se alimentar na cadeia, precisou de remédios para dormir e descreveu o trajeto de viatura como uma das piores experiências de sua vida. “O pior lugar que o ser humano pode ir é a prisão. Pior que isso, só o cemitério”, declarou ao programa.
Segundo ele, além de enfrentar a vergonha pública, a perda de contratos e patrocínios fez com que sua família dependesse integralmente da renda da esposa, microinfluenciadora digital.
Humorista diz ter sido vítima de sócio “estelionatário profissional”
Golpe deixou prejuízo estimado em mais de R$ 350 mil
O humorista alega que era apenas o garoto-propaganda da Tadizuera e responsabiliza o sócio Anderson Bonetti, a quem classificou como “um estelionatário profissional”. “Eu também fui enganado, nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Assim que soube, denunciei”, afirmou.
Ele sustenta que tentou ressarcir os clientes lesados, mas o Ministério Público e a Justiça mantêm a condenação por participação no esquema. A defesa recorreu da sentença de 11 anos e 10 meses de prisão.
Condenação segue em vigor, mas humorista tenta recomeço
Medidas cautelares restringem rede social e viagens
Atualmente em liberdade provisória, Nego Di cumpre restrições impostas pela Justiça, incluindo proibição de uso de redes sociais para fins comerciais e retenção de passaporte. Ele também está impedido de deixar o Rio Grande do Sul sem autorização.
O caso segue gerando debates nas redes. Parte do público defende que o humorista também é vítima; outra parcela reforça que, como figura pública, ele deveria ter fiscalizado melhor a loja que divulgava para milhares de seguidores.
Justiça alerta para responsabilidade de influenciadores
Advogados especializados lembram que influenciadores podem responder criminal e civilmente quando emprestam credibilidade a empresas sem verificar a procedência. “A internet não é terra sem lei. O marketing digital impõe dever de cuidado”, destaca a advogada criminalista Renata Bragança.
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