Incêndio a bordo de cargueiro “Morning Midas” expõe desafios de combater fogo causado por baterias de carros elétricos
Navio com 3 000 carros pega fogo há uma semana: Na terça-feira (3), o cargueiro “Morning Midas”, com bandeira da Libéria, carregado com cerca de 3 048 veículos (incluindo 750 elétricos e híbridos), pegou fogo no Oceano Pacífico, a aproximadamente 490 km da ilha de Adak, no Alasca. A tripulação de 22 pessoas foi resgatada com segurança, mas o incêndio avança há mais de sete dias.
Autoridades, como a Guarda Costeira dos EUA, relataram que o fogo começou no deque traseiro e se alastrou aos compartimentos onde estavam os veículos elétricos, ativando sistemas anti-incêndio que não conseguiram conter o calor intenso e risco de reignição.
Por que o fogo não sai do navio
Baterias de lítio complicam combate
Carros elétricos contam com baterias que podem entrar em “thermal runaway” (autorreação térmica), dificultando completamente o combate ao fogo – o que vem sendo confirmado por especialistas e lembrado em outras tragédias similares, como “Felicity Ace” (2022)
Suprimentos limitados e risco ambiental
Estão a caminho dois rebocadores especializados e equipes de salvamento, mas ainda há dúvida sobre se será possível apagar as chamas antes de o navio afundar. Há cerca de 1.850 toneladas de combustível a bordo (350 toneladas de gás e 1.500 de óleo combustivel), com risco significativo de derrame.
Intervenção e monitoramento
A Guarda Costeira dos EUA e a empresa gestora Zodiac Maritime estão coordenando a ação com apoio de satélites, aviões e navios. O objetivo é resgatar o navio ou mantê-lo flutuando caso o fogo se propague ao ponto de comprometer seu casco.
“Estamos trabalhando em contingência para evitar poluição grave e danos à vida marinha”, disse um porta-voz da empresa de resgate
Repercussão nas redes sociais
Usuários relembram casos anteriores de incêndio com veículos eletrificados, especulam se o navio cumpria normas de segurança e questionam se isso afetará o transporte de carros elétricos em futuro próximo. Alguns afirmam que a indústria falhou em atualizar protocolos de emergência.
Dentre os comentários há quem diga que “essa tragédia mostra que a electricização do transporte ainda não está sendo acompanhada pela segurança logística” – ainda que essa narrativa não tenha confirmação oficial .
Situação atual e perspectivas
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O fogo já dura oito dias, com poucas chances de controle total;
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Rebocadores e equipes especializadas só devem chegar ao local entre amanhã e a próxima semana;
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O navio permanece flutuando e sem sinal de inundação, mas, se afundar, o risco de derrame tecnológico e poluição poderá ser grave;
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Autoridades avaliam medidas emergenciais, como retirar parte da carga ou rebocar o navio até local seguro.
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