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quarta-feira, novembro 13, 2024

Motorista de Aplicativo Ferido em Execução de Empresário Delator do PCC Não Resiste e Morre no Hospital em São Paulo

Motorista Ferido em Execução de Empresário no Aeroporto de Guarulhos Morre no Hospital

Motorista morto após execução de delator do PCC: O motorista de aplicativo ferido durante o ataque que resultou na execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, não resistiu e faleceu neste sábado (9), conforme informações da família e das autoridades.

Ferimentos e Internação no Hospital

Celso Araujo Sampaio de Novais, de 41 anos, foi atingido por um tiro de fuzil nas costas e estava em estado crítico na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Guarulhos. Morador da cidade, ele deixa três filhos. Além dele, outras duas pessoas foram feridas no ataque: um funcionário terceirizado do aeroporto, que sofreu ferimentos na mão e permanece em observação, e uma mulher de 28 anos, que recebeu um tiro de raspão no abdômen e já foi liberada do hospital.

O Ataque no Aeroporto de Guarulhos

O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi alvejado por volta das 16h, na área de desembarque do Terminal 2 do aeroporto, por dois homens que desceram de um veículo preto. Segundo a Polícia Civil, foram disparados pelo menos 29 tiros de diferentes calibres, dos quais 10 atingiram Gritzbach em várias partes do corpo, incluindo rosto, tórax, e membros. Até o momento, ninguém foi preso, e os autores permanecem foragidos.

A Polícia Civil de São Paulo registrou a apreensão de um fuzil e uma pistola na manhã deste sábado (9), encontradas a aproximadamente 7 km do aeroporto, onde o carro utilizado pelos criminosos foi abandonado. Ainda não foi confirmado se as armas apreendidas foram as mesmas usadas no crime.

Acordo de Delação e Ligações com o PCC

Gritzbach estava envolvido em investigações sobre o PCC e havia firmado um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em março deste ano. Nos depoimentos, ele revelou esquemas de lavagem de dinheiro e forneceu provas que resultaram na prisão de dois policiais civis do Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

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O empresário também fez denúncias contra um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que teria solicitado subornos para evitar a implicação de Gritzbach no assassinato de um membro do PCC, conhecido como “Cara Preta.”

Ausência dos Policiais Militares que Atuavam como Seguranças

Apesar das ameaças, Gritzbach recusou proteção oferecida pelo Ministério Público de São Paulo e optou por contratar quatro policiais militares como seguranças pessoais. No entanto, nenhum deles estava presente no momento do assassinato. Segundo depoimentos de dois seguranças, um dos veículos teve problemas mecânicos, enquanto o outro fez uma parada para deixar um ocupante em um posto de combustível.

Essa ausência levantou suspeitas entre os investigadores, que consideram a hipótese de que a falha dos seguranças pode ter sido proposital, visando deixar Gritzbach vulnerável ao ataque.

Investigações em Curso

A Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), segue investigando o caso sob a hipótese de execução premeditada. A morte do empresário trouxe à tona questões delicadas sobre segurança e proteção de delatores em acordos judiciais.

Veja também: PMs Responsáveis pela Segurança de Empresário Morto em Guarulhos São Afastados

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