Um Momento Irônico no TSE
Moraes e a Vestimenta de Luciano Hang; No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante o julgamento que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do general Walter Braga Netto à inelegibilidade, o ministro Alexandre de Moraes fez uma observação irônica que chamou a atenção. Ele se referiu ao empresário bolsonarista Luciano Hang como “cabo eleitoral” e brincou com sua “tradicional vestimenta verde periquito”. Entenda os detalhes desse momento do julgamento.
#VÍDEO: Alexandre de Moraes ironiza roupa de Luciano Hang durante julgamento de Bolsonaro no TSE: 'Verde periquito'; a fala foi feita pelo presidente da Corte Eleitoral na noite de terça-feira (31) pic.twitter.com/5Y5QQkzve4
— Gazeta Brasil (@SigaGazetaBR) November 1, 2023
Um Comentário Marcante
No meio do julgamento que teve o ex-presidente Bolsonaro e o general Braga Netto condenados à inelegibilidade, o ministro Moraes fez um comentário marcante. Ele não poupou Luciano Hang, dono das lojas Havan e um aliado fervoroso de Bolsonaro. Durante o Bicentenário da Independência em 2022, Luciano Hang, vestido com um terno e gravata nas cores do Brasil, esteve na primeira fileira da tribuna durante o desfile cívico-militar em Brasília, ao lado de chefes de Estado, incluindo o presidente Bolsonaro.
Um Passado de Envolvimento Político
Luciano Hang, um empresário ligado ao ex-presidente Bolsonaro, esteve ativamente envolvido na campanha pela reeleição do ex-presidente. Ele também enfrenta uma investigação da Polícia Federal (PF) devido a mensagens trocadas em um grupo de WhatsApp, onde empresários discutiram a possibilidade de um golpe de Estado caso Luiz Inácio Lula da Silva saísse vitorioso nas eleições. Hang já foi considerado inelegível em uma decisão do TSE em maio. A Corte concluiu que ele usou a estrutura e a marca da Havan para influenciar o resultado das eleições em Brusque (SC), resultando na cassação do prefeito e do vice-prefeito.
Condenação de Bolsonaro e Braga Netto
No julgamento, por uma votação de 5 votos a 2, o TSE condenou Bolsonaro e Braga Netto por abuso de poder político e econômico, bem como conduta vedada nas comemorações do 7 de Setembro. Além da inelegibilidade, os ministros também aplicaram uma multa de R$ 425 mil ao ex-presidente. Importante destacar que Bolsonaro já estava inelegível desde junho por outra decisão da Corte. Enquanto isso, o general Braga Netto havia sido poupado anteriormente, mas agora também está inelegível e não poderá se candidatar a cargos públicos até 2030.
O TSE concluiu que Bolsonaro e Braga Netto usaram as cerimônias oficiais em Brasília e no Rio de Janeiro para fazer campanha e tentaram instrumentalizar as Forças Armadas para impulsionar a candidatura. No entanto, essa nova condenação não afetará o futuro político de Bolsonaro, pois as penas não se somam. Ambas as condenações têm seu prazo de inelegibilidade iniciando a partir do primeiro turno das eleições.
O ex-presidente Bolsonaro também enfrentou processos anteriores, incluindo um por atacar as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral em uma reunião com diplomatas, e outro sob acusação de usar prédios públicos para fazer transmissões ao vivo e conceder entrevistas durante a campanha eleitoral. Atualmente, ele é alvo de outros nove processos.
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