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terça-feira, abril 15, 2025

Ministro Israelense Critica Investigação Judicial no Brasil Contra Soldado Israelense

Carta do Ministro de Israel Gera Controvérsia

Críticas à investigação brasileira: O ministro israelense de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo, Amichai Chikli, enviou uma carta ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticando a decisão da Justiça Federal brasileira de investigar o soldado israelense Yuval Vagdani por supostos crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza. O militar estava de férias na Bahia e deixou o Brasil no último domingo (6), com destino à Argentina, após a decisão judicial.

Contexto do Pedido de Investigação

A Fundação Hind Rajab (HRF), uma ONG com sede em Bruxelas, foi a responsável pelo pedido de investigação apresentado à Justiça Federal do Distrito Federal. A organização acusa o soldado de participar de demolições em larga escala de residências civis em Gaza. As evidências incluem vídeos, dados de geolocalização e postagens nas redes sociais, que teriam sido feitas pelo próprio militar.

O ministro israelense alegou que os líderes da ONG possuem ligações com grupos considerados terroristas por Israel, como Hamas e Hezbollah, e atribuiu a eles declarações favoráveis a ataques históricos, incluindo os de 11 de setembro de 2001 e o ataque de 7 de outubro de 2023, no sul de Israel.

Críticas ao Governo Brasileiro

Em sua carta, Chikli também direcionou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de a decisão ter sido tomada pela Justiça Federal. Ele afirmou que a acolhida de um pedido como esse representa “uma vergonha para o governo brasileiro” e pediu que a sociedade brasileira reaja a tais ações.

Reações e Saída de Vagdani

O soldado deixou o Brasil sob o acompanhamento da Embaixada de Israel em Brasília. Segundo seu pai, ele foi informado da investigação após a embaixada alertar um amigo sobre a situação. A família orientou o soldado a deixar o país imediatamente.

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Nas redes sociais, o ministro israelense justificou ter contatado Eduardo Bolsonaro para expor o que chamou de “organização vil”, referindo-se à HRF, alegando que a entidade promove interesses de grupos terroristas sob o disfarce de direitos humanos.

Pontos em Disputa

O governo de Israel defende que suas operações na Faixa de Gaza estão em conformidade com o direito internacional, destacando que o conflito teve início após ataques do Hamas que resultaram na morte de 1.200 israelenses e no sequestro de cerca de 240 pessoas. Por outro lado, o Hamas afirma que aproximadamente 45 mil pessoas morreram em Gaza desde o início do confronto.

Enquanto o caso levanta questões sobre jurisdição e diplomacia, ele também reacende o debate sobre o papel das ONGs e as responsabilidades internacionais em investigações relacionadas a conflitos armados.

Veja Também: Soldado Israelense Deixa Brasil Após Pedido de Investigação por Supostos Crimes de Guerra

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