Presidente Argentino Eleva o Tom em Nova Tentativa de Pressionar o Legislativo
Confronto Político na Argentina: O presidente da Argentina, Javier Milei, intensificou suas pressões sobre o Congresso argentino, ameaçando realizar uma consulta popular caso o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), emitido por ele em 20 de dezembro, não seja aprovado pelos parlamentares. Em entrevista à televisão argentina LN+, Milei subiu o tom e fez a ameaça como forma de pressionar os legisladores.
Acusações sem Provas e Associação a Corrupção
Sem apresentar evidências, Milei alegou que alguns membros do Congresso buscam propina para aprovar seu “decretaço”. Em suas palavras: “Parte da lentidão dos legisladores se deve ao fato de também buscarem propinas. Alguns, eu digo. Mas o fato de gostarem de discutir é porque estão em busca de propina.” O presidente afirmou ainda que, se o Congresso rejeitar o decreto, convocará um plebiscito para explicar por que estão contra a vontade do povo.
Contexto Legislativo e Propostas em Discussão
O Congresso argentino enfrenta a decisão sobre o DNU de Milei, que propõe alterações significativas em mais de 350 normas para desregular a economia argentina. Além disso, o Executivo apresentou um pacote de leis em meio a sessões extraordinárias programadas para os próximos dias.
Posicionamento do Governo e Expectativas
Manuel Adorni, porta-voz do governo, destacou a importância da escolha dos parlamentares: “Os deputados e senadores terão que escolher entre apoiar o que o povo votou, a mudança, esta Argentina que queremos para o povo de bem e sem o peso do Estado, ou continuar a obstruir esta mudança e impedir o que a maioria do povo quer.”
Ação Judicial e Manifestações
A Justiça federal admitiu uma ação coletiva de organizações civis para declarar o DNU inconstitucional. Diante disso, organizações e centrais sindicais convocaram uma manifestação para contestar o decreto. A situação elevou a crise na Argentina, que enfrenta desafios econômicos significativos, com uma população atingida pela pobreza e inflação acima de 140% anuais.
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