Cantor deixou presídio no Rio após cinco dias preso; Justiça concedeu habeas corpus e impôs medidas cautelares
MC Poze solto após 5 dias: MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brendon Coelho Couto, foi libertado na tarde desta terça-feira (3) após passar cinco dias preso no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A saída do funkeiro foi marcada por uma multidão de fãs, tumulto e intervenção da Polícia Militar, que utilizou spray de pimenta para conter o público.
A decisão de soltura foi assinada pelo desembargador Peterson Barroso Simão, do Tribunal de Justiça do Rio, que concedeu habeas corpus ao artista. Poze havia sido preso na quinta-feira (30) durante uma operação que investiga apologia ao crime e possível associação ao tráfico de drogas.
Multidão esperava cantor e confronto com a PM gerou correria
Centenas de fãs e amigos se reuniram na porta do presídio desde as primeiras horas da tarde. Após a confirmação da soltura, o cantor Oruam, parceiro de MC Poze, chegou ao local e subiu em um carro, causando grande agitação. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram pessoas pulando e gritando, o que levou a intervenção dos policiais com spray de pimenta para dispersar a aglomeração.
Segundo a Polícia Militar, a medida foi necessária para evitar riscos à segurança dos presentes e garantir a saída do artista em segurança. Algumas pessoas passaram mal e precisaram de atendimento médico no local.
Poze deverá cumprir medidas cautelares e está proibido de deixar o Rio
Na decisão que determinou a soltura, o desembargador Peterson Simão alegou que “não se mostram presentes os requisitos legais para a prisão preventiva”. Segundo o magistrado, não há indícios concretos de que MC Poze integre facção criminosa.
O cantor, no entanto, deverá cumprir as seguintes medidas cautelares:
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Comparecimento mensal à Justiça;
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Proibição de sair da comarca do Rio de Janeiro;
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Entrega de passaporte em até 5 dias, caso possua;
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Proibição de contato com investigados na operação;
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Permanecer disponível para futuras intimações.
Ministério Público e Polícia apuram indícios de apologia ao crime e tráfico
A investigação contra MC Poze teve início a partir da análise de conteúdos publicados pelo artista em redes sociais e letras de músicas, que, segundo os investigadores, fariam apologia ao tráfico de drogas. Há ainda suspeitas de que ele mantinha ligações com integrantes do Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do estado.
A Polícia Civil afirma que Poze realizava shows em áreas controladas pela facção e que suas músicas exaltavam o poder bélico do tráfico. A esposa do cantor, Viviane Noronha, também está sendo investigada por possível lavagem de dinheiro ligada à mesma organização.
Até o momento, a defesa do cantor nega todas as acusações e afirma que Poze é alvo de preconceito por sua origem e estilo musical. Os advogados dizem que a prisão foi arbitrária e prometem recorrer contra as medidas cautelares.
Repercussão nas redes sociais: Fãs celebram liberdade e apoiam o cantor
A libertação de MC Poze teve ampla repercussão nas redes sociais. A hashtag #JustiçaParaPoze esteve entre os assuntos mais comentados do X (antigo Twitter). Fãs, influenciadores e outros artistas do funk prestaram solidariedade ao cantor, celebrando sua saída com vídeos, fotos e declarações de apoio.
O próprio MC Poze ainda não se pronunciou oficialmente, mas é esperado que ele publique uma nota ou vídeo em suas redes nos próximos dias.
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