Nova derrota nas urnas: Marçal é condenado novamente e enfrenta multa pesada
Pablo Marçal Inelegível 2032: Pela segunda vez em menos de três meses, Pablo Marçal foi condenado pela Justiça Eleitoral de São Paulo e declarado inelegível por oito anos. A decisão foi proferida neste domingo (27) pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral da capital, e se refere às irregularidades cometidas durante a campanha para a Prefeitura de São Paulo em 2024.
Segundo informações confirmadas pelo UOL e Carta Capital, o empresário e ex-candidato foi acusado de abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e gastos ilícitos de campanha, além de descumprir ordens judiciais que proibiam o impulsionamento de conteúdos nas redes sociais.
Com essa segunda condenação, Marçal permanece inelegível até 2032, já que os períodos de inelegibilidade não se somam.
R$ 420 Mil de Multa e Acusações Graves: O que Diz a Sentença
O magistrado também determinou o pagamento de multa de R$ 420 mil a Pablo Marçal, valor relacionado ao descumprimento de uma liminar anterior que já vedava o uso de impulsionamento nas plataformas digitais.
De acordo com a decisão, Marçal teria incentivado apoiadores a promover cortes de seus vídeos, ampliando seu alcance de forma ilegal. Essa prática lhe proporcionou vantagens indevidas frente aos adversários, caracterizando abuso de poder e desequilíbrio na disputa eleitoral.
O juiz apontou ainda que o esquema de divulgação articulada foi essencial para potencializar a campanha de Marçal de maneira desleal, ferindo princípios básicos da igualdade de condições entre os candidatos.
Defesa promete recurso enquanto redes sociais fervem de comentários
A defesa de Pablo Marçal afirmou que irá recorrer da decisão, sustentando que o candidato “seguiu todas as normas eleitorais vigentes” e que “não teve intenção de burlar a legislação”.
Nas redes sociais, o caso virou motivo de intensos debates. Muitos usuários comentam que “Marçal sofreu perseguição política”, enquanto outros afirmam que “a justiça precisa agir para impedir milionários de manipularem eleições com dinheiro e redes sociais”.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB), uma das autoras da ação que resultou na condenação, comemorou a decisão:
“Não vale tudo para ganhar uma eleição. As regras existem para proteger a democracia”.
Já Guilherme Boulos, outro adversário direto de Marçal no pleito, também celebrou a decisão como uma “vitória da ética eleitoral”.
Entenda o histórico: primeira condenação já havia sido pesada
Em fevereiro deste ano, Marçal já havia sido condenado pela primeira vez por abuso de poder político e econômico. Na ocasião, a Justiça Eleitoral entendeu que o empresário oferecia apoio a candidatos a vereador em troca de doações via Pix de R$ 5 mil — o que caracteriza captação ilícita de recursos, prática vedada pela legislação.
A repetição de condenações em tão curto espaço de tempo reforça o entendimento de que a campanha de Marçal para a Prefeitura de São Paulo feriu gravemente os princípios da lisura eleitoral.
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