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quinta-feira, novembro 14, 2024

Júri dos EUA condena Johnson & Johnson a pagar US$ 15 milhões a Homem que alega ter desenvolvido câncer após uso prolongado de talco

Johnson & Johnson deverá pagar indenização milionária após alegações de câncer relacionadas ao uso de talco

Indenização J&J por talco: Um júri nos Estados Unidos condenou a gigante farmacêutica Johnson & Johnson a pagar US$ 15 milhões a Evan Plotkin, um homem de Connecticut que alegou ter desenvolvido mesotelioma, uma forma rara de câncer, após usar talco da empresa por décadas. Plotkin entrou com a ação judicial em 2021, logo após ser diagnosticado, afirmando que inalar o pó de talco para bebês da J&J foi o fator causador de sua doença.

Processo e condenação

No julgamento que ocorreu no Tribunal Superior do Condado de Fairfield, Connecticut, o júri determinou que a Johnson & Johnson também terá de pagar danos punitivos adicionais, cujo valor ainda será decidido pelo juiz responsável pelo caso. O advogado de Plotkin, Ben Braly, celebrou a decisão, afirmando em comunicado: “Estamos satisfeitos que o júri tenha responsabilizado a Johnson & Johnson por comercializar um produto que continha amianto e provocou a doença de nosso cliente.”

Defesa da Johnson & Johnson e apelação

Erik Haas, vice-presidente mundial de contencioso da J&J, declarou que a empresa pretende recorrer da decisão. Segundo Haas, o julgamento foi conduzido de forma incorreta, uma vez que o júri não teve acesso a informações cruciais sobre o caso. “Esses fatos demonstram que o veredito não é compatível com décadas de avaliações científicas independentes que confirmam a segurança do talco, o qual não contém amianto e não causa câncer”, afirmou Haas.

Contexto das alegações contra a J&J

A decisão ocorre em um momento em que a Johnson & Johnson enfrenta mais de 62 mil processos por alegações de que seus produtos de talco, incluindo o icônico talco para bebês, estavam contaminados com amianto, substância cancerígena. Esses processos estão temporariamente suspensos enquanto a empresa busca um acordo de quase US$ 9 bilhões por meio de um processo de falência.

Entretanto, as alegações de mesotelioma, como no caso de Plotkin, não são abrangidas por esse acordo, e a empresa já resolveu algumas dessas reivindicações separadamente.

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Controvérsias e futuro legal

Os advogados dos demandantes alegam que o uso prolongado dos produtos de talco da J&J levou ao desenvolvimento de cânceres, especialmente o mesotelioma, que é diretamente ligado à exposição ao amianto. A empresa nega consistentemente essas alegações e insiste na segurança de seus produtos com base em avaliações científicas.

O caso de Plotkin traz mais uma reviravolta no longo histórico de batalhas judiciais que a Johnson & Johnson enfrenta, deixando em aberto os próximos passos da gigante farmacêutica em seu esforço para conter os danos financeiros e de imagem.

Veja Também: Empresa em Manaus é Condenada a Pagar Indenização por Assédio Moral a Trabalhadora

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