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quinta-feira, novembro 14, 2024

Do Luto ao Ouro Olímpico: Conheça a História Inspiradora da Judoca Beatriz Souza

Início da Carreira em Peruíbe (SP)

Judoca Beatriz Souza Conquista Ouro em Paris; Beatriz Souza, criada em Peruíbe, no litoral de São Paulo, começou no judô influenciada pelo pai, um judoca aposentado. Aos 26 anos, Beatriz conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024, derrotando a israelense Raz Hershko, número 2 do ranking mundial, por waza-ari na final da categoria acima de 78 kg.

Jornada Olímpica

A trajetória de Beatriz até a medalha de ouro foi marcada por vitórias importantes. Ela venceu Izayana Marenco, da Nicarágua, na estreia, e superou Kim Hayun, da Coreia do Sul, nas quartas de final. Na semifinal, enfrentou a francesa Romane Dicko, garantindo sua vaga na final.

Beatriz nasceu em Itariri (SP) e foi criada em Peruíbe, onde iniciou os treinos de judô aos sete anos. Seu pai, que também era judoca, a influenciou a seguir o esporte. “O pai dela já treinava e colocou ela desde pequena. Por ela ser muito grande, sempre treinou com os adultos”, relatou Yago Lucas dos Santos, professor de judô e amigo de Beatriz.

Mudança para São Paulo e Ascensão no Judô

Aos 15 anos, Beatriz mudou-se para São Paulo para se dedicar ao judô. Desde então, acumulou títulos e reconhecimento. Em 2023, foi eleita a melhor judoca do ano pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e, em abril de 2024, foi incluída na lista de pré-convocados para as Olimpíadas de Paris.

Yago Lucas dos Santos reconhece que Beatriz sempre se destacou no judô. “Ela chegar lá não era uma novidade. Isso é um trabalho de muito tempo”, destacou o amigo.

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Luto e Superação

Pouco antes dos Jogos Olímpicos, Beatriz enfrentou a perda da avó materna, em 22 de junho. Apesar do luto, ela manteve o foco nos Jogos. “Feliz por ela estar lá vivendo esse momento nas Olimpíadas”, disse a mãe, Solange Rodrigues, ao saber que a filha disputaria a final.

Conquista do Ouro Olímpico

Na semifinal, Beatriz enfrentou a francesa Romane Dicko, número 1 do mundo, e dominou a luta. Na final, contra a israelense Raz Hershko, Beatriz conquistou o ouro com um waza-ari, controlando a luta até o fim.

Após a vitória, Beatriz emocionou-se ao falar com a família. “É inexplicável. É uma das melhores coisas do mundo. Eu consegui. Deu certo, mãe. Eu consegui. Eu consegui. Foi pela avó. É para a avó, mãe. Eu amo vocês mais do que tudo. Eu amo vocês. Obrigada”, disse Beatriz Souza, emocionada.

Conquistas Anteriores

Beatriz mudou-se para São Paulo em 2013 para integrar a equipe do Palmeiras e, no final do mesmo ano, foi chamada para o Esporte Clube Pinheiros, onde passou nos testes e representa o clube até hoje.

Em campeonatos mundiais, Beatriz conquistou duas medalhas de prata, em Budapeste (2017) e Tashkent (2022), além de quatro medalhas de bronze: Tóquio (2019), Budapeste (2021) e Doha (2023).

Nos Jogos Pan-Americanos, ela obteve uma prata em Santiago (2023) e duas medalhas de bronze em Lima (2019) e Santiago (2023).

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