A Policia de São Paulo Continua com Suas Buscas
A investigação sobre o “Maníaco da Mooca”
A Polícia Civil de São Paulo já identificou o suspeito dos ataques em série na Mooca, bairro tradicional da zona leste de São Paulo. Segundo o delegado Ricardo Salvatori, responsável pelo caso, o homem foi identificado como Solirano de Araujo Sousa, que já possui antecedentes criminais por roubo qualificado e sequestro relâmpago. O veículo utilizado durante os ataques foi encontrado, e a placa havia sido removida para dificultar a identificação.
Salvatori afirmou que a polícia está próxima de capturar o suspeito, com base nas investigações realizadas e na apreensão do carro utilizado nos crimes. O mandado de prisão temporária já foi emitido.
O relato da vítima
A jovem, moradora da Mooca desde 2022, relatou que costumava voltar para casa sozinha ou com amigas sem medo, até o dia do ataque. Ela estava a caminho da escola do irmão, quando percebeu um homem aparentemente comum, fumando cigarro na calçada. Ao tentar desviar, ele a abordou, inicialmente anunciando um assalto.
“Ele segurou meu braço e tentou me arrastar para dentro do carro”, contou a jovem, que ficou paralisada de medo. Tentando evitar o pior, ela ofereceu seu celular, mas percebeu que o criminoso não estava interessado no objeto. “Eu entendi que não era só um assalto”, relembrou a vítima.
O instinto de sobrevivência fez com que a jovem começasse a gritar por ajuda. Um motorista que presenciou a cena buzinou insistentemente, assustando o agressor e dando tempo para a jovem fugir. Ela atravessou a rua e conseguiu escapar.
Impacto emocional do ataque
A jovem admitiu que a experiência foi devastadora. “Eu me senti indefesa… não sabia como sair daquela situação”, disse ela. Depois do ataque, seguiu em direção à escola do irmão, mas chorou ao voltar para casa, refletindo sobre o ocorrido.
Ela compareceu à delegacia no mesmo dia para prestar depoimento e fazer o reconhecimento facial do agressor por meio de imagens fornecidas pela polícia. Apesar do susto, ela afirmou que nunca havia se sentido insegura no bairro até o ataque.
Advogado das vítimas pede acolhimento
O advogado Jefferson Gilber, que representa duas das vítimas do “Maníaco da Mooca”, ressaltou a importância de acolher as mulheres que foram atacadas. Segundo ele, algumas vítimas têm recebido críticas e questionamentos infundados sobre sua reação durante o ataque.
“Elas estão sendo revitimizadas”, afirmou Gilber, destacando o impacto emocional e psicológico causado pelas mensagens de algumas pessoas, que colocam a culpa nas vítimas. O advogado reforçou que a sociedade precisa de mais empatia e respeito nesse momento delicado.
A polícia identificou 7 vítimas
Até o momento, sete mulheres já registraram boletim de ocorrência contra o “Maníaco da Mooca”. Embora os ataques possam ter ocorrido em diferentes dias, as autoridades acreditam que o número
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