Miguel Navarro denuncia xenofobia na Libertadores; Conmebol é acionada e caso repercute nas redes sociais
O episódio aconteceu após o segundo gol do São Paulo, em meio a uma discussão entre os jogadores. Navarro ficou visivelmente abalado e chorou dentro de campo, cogitando inclusive deixar a partida. Mesmo abalado, permaneceu em campo até o apito final.
Denúncia formal e apoio do Talleres
Após a partida, Miguel Navarro compareceu ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) no estádio e registrou uma denúncia formal contra Bobadilla. Em suas redes sociais, o jogador declarou que levará o caso “até as últimas consequências”, afirmando que a xenofobia não pode ser tolerada, especialmente em uma competição internacional como a Libertadores.
O Talleres emitiu uma nota oficial expressando apoio a seu jogador e repudiando qualquer tipo de discriminação. O clube argentino também pediu providências à Conmebol, que confirmou ter sido informada sobre o incidente e que poderá abrir uma investigação formal.
Reações nas redes e repercussão internacional
A acusação de Navarro repercutiu rapidamente nas redes sociais. Torcedores e influenciadores criticaram duramente o suposto comportamento de Bobadilla e cobraram uma postura firme da Conmebol. Alguns usuários compararam o caso a outros episódios recentes de racismo e xenofobia no futebol sul-americano, cobrando punições exemplares.
Enquanto isso, o São Paulo ainda não se manifestou oficialmente sobre a acusação. Até o momento, Bobadilla também não se pronunciou publicamente.
Conmebol pode abrir investigação
A Conmebol, que já vinha sendo pressionada a agir com mais firmeza contra discriminação no esporte, informou que está avaliando o caso. Dependendo da apuração, o volante paraguaio poderá ser alvo de sanções esportivas e disciplinares, o que pode incluir suspensão de jogos ou até multas ao clube brasileiro.
O que dizem os especialistas
Especialistas em direito esportivo alertam que casos de xenofobia e racismo devem ser tratados com máxima seriedade. “Não basta apenas a punição. É preciso que haja campanhas educativas dentro dos clubes e das federações”, afirmou o advogado Rodrigo Monteiro, especialista em legislação desportiva.