Nova ofensiva israelense atinge áreas civis e hospitais; ONU e líderes internacionais reagem com críticas
Israel mata 80 pessoas em Gaza: Na madrugada desta quarta-feira (14), Israel lançou uma nova série de bombardeios contra a Faixa de Gaza, resultando na morte de ao menos 80 pessoas, entre elas 22 crianças e 15 mulheres, de acordo com o Ministério da Saúde local. Os ataques, segundo testemunhas e médicos, atingiram densas áreas residenciais em Jabalia, no norte, e também os arredores do Hospital Europeu de Khan Yunis, no sul.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que os alvos eram “infraestruturas terroristas do Hamas”, incluindo túneis subterrâneos e locais de lançamento de foguetes. No entanto, organizações humanitárias questionam a legitimidade desses alvos, alegando que a maioria das vítimas é civil e que não houve evacuação efetiva antes dos ataques.
Crise humanitária se agrava
Desde o colapso do cessar-fogo em março, mais de 2.800 palestinos foram mortos, somando um total de 52.900 mortos desde o início do conflito, em outubro de 2023. Segundo The Guardian, cerca de 90% da população enfrenta escassez crítica de água potável, energia e alimentos, agravada pelo bloqueio israelense que impede a entrada de ajuda humanitária.
Médicos Sem Fronteiras, entre outras organizações, denunciam o que chamam de “processo sistemático de limpeza étnica”, com ataques deliberados a abrigos e hospitais. O Conselho de Segurança da ONU convocou reunião emergencial após o bombardeio desta madrugada.
Reações internacionais acentuam tensão
O presidente francês Emmanuel Macron classificou os bombardeios como “vergonhosos” e exigiu uma investigação independente. Em resposta, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu acusou Macron de “defender o Hamas”. Enquanto isso, o presidente americano Donald Trump, em visita ao Oriente Médio, manteve apoio à segurança de Israel, mas cobrou a Síria para integrar os Acordos de Abraão.
Nas redes sociais, internautas ao redor do mundo usam hashtags como #GazaUnderAttack e #StopTheGenocide para denunciar o que consideram uma “escalada de genocídio”. Influenciadores e ativistas pressionam por sanções internacionais e rompimento de relações com Israel por parte de países árabes e europeus.
Apelo por cessar-fogo urgente
Com a escalada da violência, cresce o clamor internacional por um cessar-fogo imediato. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pediu “ações concretas para proteger civis inocentes e restaurar a legalidade internacional”. No entanto, fontes diplomáticas relatam dificuldades nas negociações, com impasses entre EUA, Egito e Israel.
Veja Também: Bombardeios de Israel a Gaza Interrompem Trégua e Deixam mais de 300 Mortos