Processo de indenização é encerrado por decisão do autor
Irmão de Gabriela desiste de ação: Felipe Anelli Marchiano, irmão da torcedora Gabriela Anelli, optou por desistir do processo de danos morais movido contra o Palmeiras. A ação, que tramitava desde outubro na 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, cobrava o valor de R$ 1,15 milhão, sendo R$ 1 milhão por indenização e R$ 150 mil para custear honorários advocatícios.
No documento protocolado, Felipe justificou sua decisão com o seguinte trecho:
“Por motivo de foro íntimo, o Autor não deseja prosseguir com a demanda e requer a desistência da ação sem resolução do mérito.”
Nem o Palmeiras nem o advogado de Felipe, Juliano Nepomuceno, emitiram declarações sobre a decisão. A desistência foi divulgada inicialmente pelo portal Nosso Palestra e confirmada pelo ge, que teve acesso ao processo.
Tragédia nos arredores do Allianz Parque
A torcedora Gabriela Anelli, de 23 anos, faleceu em 10 de julho de 2023, após ser atingida por estilhaços de vidro no pescoço durante uma briga entre torcedores de Palmeiras e Flamengo, ocorrida no dia 8 de julho, nas proximidades do Allianz Parque. Gabriela chegou a ser encaminhada ao Pronto Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos, sendo registrada sua morte por “hemorragia aguda externa traumática”.
O responsável pelo ataque, Jonathan Messias Santos da Silva, foi identificado com o auxílio de um sistema de reconhecimento facial e preso pela Polícia Civil de São Paulo, em uma operação realizada no Rio de Janeiro.
Argumentos apresentados pelo Palmeiras
O Palmeiras anexou sua contestação ao processo em 4 de dezembro, destacando que os eventos ocorreram fora do estádio, em uma via pública, e que foram causados por terceiros sem vínculo com o clube. A defesa argumentou ainda que a segurança no local não era de responsabilidade da entidade, enfatizando:
“O clube não tem competência para impor restrições e controlar cidadãos em via pública.”
O time solicitou a extinção do processo com base em ilegitimidade passiva, alegando que não era responsável pela obrigação demandada no processo. Caso esse pedido fosse negado, pediu o reconhecimento da ausência de responsabilidade e a revogação do direito à Justiça gratuita concedido ao autor da ação.
Pedido de desistência e encerramento do caso
Em 11 de dezembro, Felipe Anelli protocolou o pedido de desistência da ação, utilizando o termo “foro íntimo”, que se refere a razões pessoais e privadas. O processo, que já levantava discussões sobre a responsabilidade de clubes em eventos que ocorrem fora do estádio, foi oficialmente encerrado sem resolução do mérito.
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