Como um vídeo promocional virou caso de polícia
Influenciadores causam incêndio e fogem: Dois influenciadores digitais são alvos de uma investigação que envolve crimes ambientais e jogos ilegais. Luiz Fernando Faria Rocha, conhecido como Nando Rocha, e Wesley Silva Nascimento, o Raio Motoboy, são apontados como os responsáveis por um incêndio que devastou aproximadamente 45 mil metros quadrados de Mata Atlântica na Avenida Estado da Guanabara, no Rio de Janeiro. O fogo foi provocado após eles soltarem rojões durante a gravação de um vídeo para divulgar rifas.
Incêndio pode ter matado animais silvestres
Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o incêndio atingiu uma área de vegetação nativa e pode ter causado a morte de diversos animais silvestres. Uma cobra foi encontrada carbonizada no local, o que reforça os impactos ambientais do crime.
A Polícia Civil está analisando a extensão dos danos e alerta que o crime pode resultar em punição severa, já que o fogo comprometeu parte de uma reserva ambiental protegida.
Fugiram sem acionar os bombeiros
Testemunhas afirmam que, ao perceberem que as chamas estavam fora de controle, os influenciadores deixaram o local sem prestar qualquer assistência ou acionar o Corpo de Bombeiros. O fogo se alastrou rapidamente, e os bombeiros foram chamados por moradores da região, que tentaram conter as chamas.
A omissão agrava a situação dos investigados, que podem ser responsabilizados não apenas pelo incêndio, mas também pela falta de socorro e por danos ao meio ambiente.
Rifas ilegais e suspeita de fraudes financeiras
As investigações também apontam que os influenciadores promoviam rifas ilegais na internet sem a devida autorização do Ministério da Fazenda. Segundo a legislação brasileira, rifas devem ser previamente regulamentadas e destinadas a causas beneficentes, o que não era o caso.
Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos envolvidos, onde foram encontrados materiais que podem comprovar o esquema. Caso sejam condenados, os suspeitos podem responder por exploração de jogos de azar, crime contra a economia popular e falsificação de documentos.
Repercussão nas redes sociais
O caso gerou revolta nas redes sociais, onde internautas especulam se o incêndio foi proposital ou resultado de negligência. Enquanto alguns defendem que os influenciadores não tinham intenção de causar a destruição, outros afirmam que eles devem ser punidos com o rigor da lei.
Marcas que patrocinavam os influenciadores já começaram a romper contratos, e o número de seguidores de ambos vem caindo drasticamente.
O que acontece agora?
As autoridades seguem investigando o caso, e os suspeitos podem ser intimados para prestar depoimento nos próximos dias. Caso sejam responsabilizados pelo incêndio, podem enfrentar penas que incluem multa e prisão.
O Instituto Estadual do Ambiente reforça a necessidade de conscientização sobre o uso de fogos de artifício em áreas de preservação, alertando que qualquer ação irresponsável pode resultar em tragédias ambientais.
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