Influencer no Centro de Operação da PF
Operação Hinsberg Influencer Renato Cariani na Mira da PF: A Polícia Federal conduziu, nesta terça-feira (12), a Operação Hinsberg, voltada ao tráfico de drogas e ao desvio de um elemento químico essencial na produção de crack. O principal foco recai sobre a Anidrol, indústria química associada ao influenciador fitness Renato Cariani, que possui mais de 7 milhões de seguidores.
Investigações Apontam Conhecimento do Monitoramento
As trocas de mensagens interceptadas entre Cariani e sua sócia pela PF sugerem que ambos tinham ciência do monitoramento feito pelas autoridades. O influencer, em sua defesa, afirmou ter sido pego de surpresa pela operação policial.
Na mensagem interceptada, Cariani menciona: “Poderemos trabalhar no feriado para arrumar de vez a casa e fugir da polícia”, indicando que possuía conhecimento sobre a investigação, conforme apontado pelos investigadores.
Diálogos Comprometedores e Observações da PF
Fontes da PF revelam que mesmo após ser chamado pela Receita Federal para esclarecimentos sobre as notas emitidas pela empresa, foram observadas novas emissões de notas fiscais falsas.
Em outro momento das mensagens interceptadas, a sócia sugere a Cariani que poderiam retirar rótulos dos produtos para enganar as fiscalizações e investigações, corroborando as suspeitas da PF.
Posicionamento do Influencer
Nas redes sociais, o influenciador negou envolvimento no esquema e expressou surpresa com a operação. Ele afirmou que seus advogados ainda não tiveram acesso ao processo e defendeu a empresa, enfatizando sua regularidade.
“Minha empresa é toda regulada, fundada em 1981, com todas as licenças e certificações nacionais e internacionais. A operação foi uma surpresa para mim, minha sócia e todos os envolvidos”, comentou o influencer.
Desdobramento da Operação
A PF cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, tendo como um dos alvos Fabio Spínola Mota, suspeito de intermediar transações entre a indústria química e produtores de drogas.
O grupo é acusado de desviar grandes quantidades de um elemento químico para fabricar 12 a 16 toneladas de crack. A operação ocorreu em cooperação com o GAECO do MPSP e a Receita Federal.
Origens da Investigação
As investigações se originaram em 2022 após uma empresa farmacêutica notificar a PF sobre notas fiscais faturadas indevidamente em seu nome. A PF identificou notas fraudulentas emitidas em nome de grandes empresas, como AstraZeneca, LBS e Cloroquímica, entre 2014 e 2021.
Apesar do pedido de prisão, a Justiça negou a medida, embora o MP tenha sido favorável à solicitação da PF.
Esteja por dentro dos desdobramentos da operação e das implicações da investigação que envolve Renato Cariani e a indústria química Anidrol.
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