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quinta-feira, abril 10, 2025

Inflação Recorde Aumenta Pressão Sobre Lula e Pode Levar a Novas Altas da Selic

IPCA atinge maior alta para fevereiro desde 2003, elevando temores sobre juros e crescimento econômico

Inflação pressiona governo Lula: A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou um aumento de 1,31% em fevereiro, o maior para o mês desde 2003. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 5,06%, ultrapassando o teto da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O cenário coloca pressão sobre o governo Lula (PT) e eleva as expectativas de que o Banco Central possa intensificar a alta da taxa Selic.

O que está impulsionando a inflação?

O avanço da inflação vem sendo atribuído a uma combinação de fatores, incluindo a alta dos preços de alimentos, combustíveis e energia, além do aumento dos gastos públicos. Especialistas apontam que o crescimento da demanda, impulsionado por programas sociais e políticas de crédito mais acessíveis, também tem impactado os índices inflacionários.

Além disso, a desvalorização do real em relação ao dólar e a incerteza sobre o ajuste fiscal do governo contribuem para um cenário de menor controle sobre os preços.

Pressão sobre o governo e Banco Central

O aumento da inflação tem elevado a pressão sobre Lula e sua equipe econômica, que buscam equilibrar o crescimento econômico com a necessidade de manter a inflação sob controle. Enquanto o governo aposta em uma política de estímulo ao consumo e investimentos, o Banco Central segue adotando medidas mais restritivas, como a alta dos juros.

Em resposta à escalada da inflação, o Banco Central elevou a Selic para 13,25% ao ano, um aumento de 1 ponto percentual. Essa foi a quarta alta consecutiva, e especialistas já preveem que a taxa pode ultrapassar 15% até o final do ano, caso a inflação continue sem controle.

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Impacto da Selic e projeções para a economia

A elevação da Selic tem como objetivo conter o avanço dos preços, tornando o crédito mais caro e reduzindo o consumo. No entanto, a alta dos juros também pode desacelerar a economia, prejudicando setores produtivos e reduzindo a geração de empregos.

Analistas do mercado financeiro já revisam suas projeções e alertam para um possível crescimento menor do PIB em 2025, caso a política monetária restritiva se intensifique. O desafio para o governo será encontrar um ponto de equilíbrio entre o combate à inflação e a necessidade de estimular o crescimento econômico.

Lula e Haddad tentam minimizar impactos

O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, têm reforçado que o governo está comprometido com o controle da inflação e que medidas serão tomadas para evitar um descontrole econômico. No entanto, a relação entre o Palácio do Planalto e o Banco Central segue tensa, já que o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, defende uma política monetária mais dura para evitar novos aumentos de preços.

Enquanto isso, o mercado segue atento às próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que pode optar por novas elevações da Selic caso o IPCA continue acima das projeções.

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