Fogo atinge Chapada dos Veadeiros e aviões ajudam brigadistas
Incêndio na Chapada dos Veadeiros devasta 10 mil hectares: Desde a quinta-feira (5), um incêndio de grandes proporções na Chapada dos Veadeiros já devastou aproximadamente 10 mil hectares da área de preservação ambiental localizada em Alto Paraíso, próximo ao Distrito Federal. Neste domingo (8), as equipes de combate ao fogo completaram quatro dias de esforços ininterruptos. Dois aviões do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão sendo utilizados para lançar água nas áreas mais afetadas, enquanto mais de 55 pessoas atuam na linha de fogo.
Esforço contínuo para conter as chamas
De acordo com Nayara Stachesk, chefe do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV), os aviões têm sido cruciais para o controle do incêndio, mas há muito trabalho a ser feito em terra. Aproximadamente 25 brigadistas do ICMBio, 25 do PrevFogo (Ibama), cinco bombeiros militares e dois voluntários estão na linha de combate. A expectativa é que mais cinco voluntários da Aliança da Terra se juntem ao esforço nos próximos dias.
Apesar de terem conseguido apagar alguns focos de incêndio, Nayara alerta que o fogo ainda não foi completamente controlado e a área afetada deve crescer. “Já perdemos mais de 10 mil hectares, e o número deve aumentar hoje”, afirmou.
Dificuldades no combate e falta de helicóptero
Embora os aviões estejam auxiliando no combate às chamas, Nayara destacou a necessidade de um helicóptero para facilitar o transporte dos brigadistas até áreas de difícil acesso. “Estamos com uma linha de fogo em um local muito remoto, e os brigadistas precisam caminhar até 20 quilômetros para chegar ao foco. Isso exige muito deles”, explicou a chefe do PNCV. A ausência do helicóptero deve-se a um acidente com a aeronave do Corpo de Bombeiros em julho de 2024.
Outro incêndio recente na Chapada dos Veadeiros
Em 24 de agosto, outro incêndio de grandes proporções atingiu a Chapada dos Veadeiros, destruindo 99% da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Murundu, além de danificar casas e áreas de plantio. Segundo o Instituto Biorregional do Cerrado (IBC), aproximadamente 500 hectares foram queimados. Thomáz Enlazador, sócio-fundador do IBC, relatou que o fogo começou em uma área vizinha e demorou cerca de seis horas para ser controlado.
Consequências graves para a região
O incêndio destruiu viveiros, instalações elétricas e hidráulicas, além de áreas comunitárias e de replantio. Dez casas foram atingidas, mas felizmente, suas estruturas não foram comprometidas. “A combinação de calor extremo, baixa umidade e ventos fortes foi devastadora”, concluiu Thomáz.
Os esforços de combate continuam, e as autoridades ambientais esperam que o incêndio seja controlado em breve para evitar danos ainda maiores à biodiversidade da Chapada dos Veadeiros.
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