Hacker Walter Delgatti será ouvido na CPI da Câmara Legislativa do DF
Hacker Walter Delgatti Presta Depoimento na CPI da CLDF; A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), está programada para ouvir Walter Delgatti Neto, conhecido como o hacker por trás do escândalo “Vaza Jato”. Delgatti, que invadiu os telefones de autoridades envolvidas na operação Lava Jato, também é envolvido em um suposto plano para desacreditar as urnas eletrônicas e o sistema de Justiça Eleitoral nas eleições de 2022.
Depoimento por Videoconferência
O depoimento está agendado para às 10h desta quinta-feira (14) e será conduzido por videoconferência. Em agosto, Delgatti prestou depoimento na CPMI dos Atos Golpistas, no Congresso Nacional, onde revelou que teve uma reunião no Palácio da Alvorada com o então presidente Jair Bolsonaro. Durante essa reunião, Bolsonaro teria assegurado que concederia um indulto a Delgatti, caso ele fosse preso ou condenado por suas ações relacionadas às urnas eletrônicas.
Delgatti e o Escândalo “Vaza Jato”
Em 2019, Walter Delgatti ficou famoso por vazar mensagens atribuídas ao então ministro da Justiça, Sergio Moro, e a membros da força-tarefa da Lava Jato, entre outras autoridades. Esses vazamentos levaram a uma condenação de Delgatti a 20 anos e 1 mês de prisão.
Além disso, ele está sob investigação por supostamente invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Revelações na CPMI dos Atos Golpistas
Durante seu depoimento na CPMI dos Atos Golpistas, Delgatti revelou que ouviu de Jair Bolsonaro que o entorno do então presidente havia conseguido grampear o ministro Alexandre de Moraes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do TSE. Bolsonaro teria sugerido que Delgatti “assumisse a autoria” desse grampo.
Alegações de Fraude nas Urnas Eletrônicas
Delgatti também detalhou que assessores de Bolsonaro o aconselharam a criar um “código-fonte” falso para insinuar a vulnerabilidade das urnas eletrônicas e sua suscetibilidade à fraude. Essa proposta teria sido discutida em uma reunião que envolveu o marqueteiro Duda Lima, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e outros associados à parlamentar.
Conclusões do Hacker na CPMI
Durante seu depoimento na CPMI, Delgatti afirmou que Bolsonaro prometeu conceder-lhe um indulto caso fosse preso por suas ações relacionadas às urnas eletrônicas. Ele também admitiu ter conhecimento de que estava cometendo crimes ao agir contra as urnas, mas alegou que agiu sob ordens do então presidente.
Trocas de Alegações
O depoimento de Delgatti na CPMI também incluiu trocas de acusações com o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, que o chamou de “bandido” enquanto Delgatti o classificou como um “criminoso contumaz.”
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