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quinta-feira, novembro 14, 2024

Governo Tarcísio Prevê que Acionamento de Gravação da Câmera Corporal Seja Feito Pelo Próprio PM

Novo Edital para Aquisição de 12 Mil Câmeras Corporais Gera Controvérsia

Tarcísio Obriga PM a Usar Câmeras Corporais: O governo de Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, anunciou neste sábado (25/5) que todos os policiais militares (PMs) de São Paulo serão obrigados a acionar suas câmeras corporais ao atenderem uma ocorrência. Esta medida faz parte de um novo edital que visa a compra de 12 mil câmeras corporais para a Polícia Militar.

Obrigações dos Policiais Militares

Segundo o comunicado oficial, o acionamento da câmera será “obrigatório e deverá ser feito pelo próprio policial ao iniciar uma ocorrência”. Caso o policial não ative a câmera, o agente responsável pelo despacho da ocorrência no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) poderá ativar a gravação remotamente.

“A não conformidade com essas normas resultará em penalidades para o policial, seguindo todos os ritos de investigação e punição estabelecidos pela corporação para casos de desvio de conduta”, afirma o comunicado do governo.

Funcionamento Atual e Mudanças Propostas

Atualmente, as câmeras corporais da PM gravam de forma ininterrupta, sem necessidade de ativação pelo policial. O agente pode apenas acionar um dispositivo que melhora a qualidade da imagem e do áudio. A nova proposta visa permitir que o registro das abordagens seja feito de maneira mais eficiente e econômica, reduzindo o consumo de bateria e o espaço de armazenamento.

As novas câmeras também incluirão um sistema de “buffer”, que armazena imagens dos 90 segundos anteriores à ativação, permitindo um registro mais completo das ocorrências. Além disso, os novos equipamentos deverão ser capazes de ler placas de veículos e realizar reconhecimento facial, embora essa última funcionalidade seja alvo de críticas devido à possibilidade de erros algorítmicos.

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Expansão do Sistema de Vigilância

Atualmente, há 10.125 câmeras corporais disponíveis, cobrindo 52% do trabalho operacional no estado. Com a nova aquisição, o número de câmeras aumentará em 18%. Segundo a gestão de Tarcísio, o novo contrato proporcionará uma economia de 30% a 50% para o tesouro estadual em comparação ao contrato anterior.

O governo planeja integrar as câmeras corporais ao programa Muralha Paulista, um sistema de megavigilância que funcionará como um “Big Brother” da PM. Este programa está sendo desenvolvido com o auxílio da Edge Group, uma empresa de defesa e vigilância dos Emirados Árabes Unidos, dirigida no Brasil por um ex-secretário do Ministério da Defesa que atuou no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Conclusão

A obrigatoriedade de acionamento das câmeras corporais pelos policiais militares visa aumentar a transparência e a eficiência nas operações. No entanto, a medida gerou controvérsias e críticas, principalmente em relação à possibilidade de registros importantes não serem feitos caso o policial não acione a câmera. A expansão do uso das câmeras corporais e a integração com o sistema de vigilância Muralha Paulista demonstram um avanço significativo na segurança pública de São Paulo, mas também levantam questões sobre privacidade e uso adequado da tecnologia.

Veja também: Geraldo Alckmin: Brasil Liderando a Transição Energética Mundial

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