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quinta-feira, novembro 14, 2024

Governo Federal Acelera Debate Sobre Manutenção de Empregos no Rio Grande do Sul

Setores Econômicos Reivindicam Nova “Lei do Bem” para Sustentar Empregos

Governo Acelera Medidas para Empregos no RS; Com o estado do Rio Grande do Sul enfrentando sérias dificuldades, o governo federal anunciou a intenção de acelerar o debate sobre a manutenção de empregos. O Ministro de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, afirmou em pronunciamento neste ultimo domingo (2) que medidas serão discutidas junto ao Ministério do Trabalho na próxima semana.

“Vamos acelerar nesta semana o debate sobre a manutenção dos postos de trabalho, sobre os caminhos que já existem na legislação, junto com o Ministério do Trabalho”, declarou Pimenta.

Demanda por Nova “Lei do Bem”

A declaração do ministro ocorre em resposta às demandas de diversos setores econômicos que buscam a reimplementação da “Lei do Bem”, uma medida utilizada durante a pandemia da Covid-19 para preservar empregos. Este mecanismo permitia acordos entre empregadores e empregados para reduzir jornadas de trabalho e salários proporcionalmente, além de suspender temporariamente contratos de trabalho.

Apoio do Governo Estadual

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, tem apoiado essa demanda desde o início da crise. A indústria e setores de turismo, como bares e restaurantes, são alguns dos mais interessados na reintrodução desta medida.

Histórico e Implementação da Lei do Bem

Durante a pandemia, a “Lei do Bem” foi implementada através de medida provisória, com o governo federal assumindo parte dos custos associados à redução de jornadas ou suspensão de contratos. Pimenta enfatizou que o governo pretende utilizar ferramentas já presentes na legislação.

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“Tenho conversado com o ministro Marinho [do Trabalho e Emprego], já fizemos várias reuniões e fechamos acordos com setores. Trabalhamos no sentido de buscar apoios do governo federal, que a legislação permita, para que as empresas não rompam seus vínculos”, disse o ministro.

Linhas de Crédito para Empresas

Além da discussão sobre a “Lei do Bem”, o governo federal está oferecendo novas linhas de crédito para apoiar as empresas gaúchas. Na última semana, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal fecharam mais de mil contratos de crédito.

Novas Linhas de Financiamento

Na quarta-feira (29), um novo pacote de financiamento foi anunciado, incluindo R$ 15 bilhões do Fundo Social para investimentos e custeio. As condições são as seguintes:

  • Compra de máquinas, equipamentos e serviços: Juros de 1% ao ano (a.a) + spread; prazo de 60 meses para quitação e carência de 12 meses.
  • Financiamento de projetos customizados (incluindo obras de construção civil): Juros de 1% a.a + spread; prazo de 120 meses para quitação e carência de 24 meses.
  • Capital de giro: Juros de 4% a.a para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) e 6% a.a para grandes + spread; prazo de 60 meses para quitação e carência de 12 meses.

Para as duas primeiras linhas, o limite de recursos por operação é de R$ 300 milhões. Para a terceira, o teto é de R$ 50 milhões para MPMEs e R$ 400 milhões para grandes empresas.

Contrapartida de Manutenção de Empregos

As empresas que acessarem essas linhas de crédito terão de assumir o compromisso de manter o nível de emprego. O Fundo Social é destinado a receber parte dos recursos do pré-sal que cabem ao governo federal, como royalties e participações especiais.

Expansão do Pronampe

O governo também permitirá que cooperativas de crédito participem do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Esta medida visa aumentar o alcance do apoio às MPMEs.

Com a promessa de acelerar o debate sobre a manutenção de empregos e oferecer novas linhas de crédito, o governo federal busca apoiar a recuperação econômica do Rio Grande do Sul. A reintrodução de medidas como a “Lei do Bem” pode ser crucial para estabilizar o mercado de trabalho no estado.

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