Dólar atinge R$ 6 e provoca reação política
Dólar aumenta e Gleisi Hoffmann Cobra Resposta: A cotação do dólar alcançou a marca histórica de R$ 6 nesta quinta-feira (28/11), gerando grande repercussão no cenário político e econômico. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, utilizou as redes sociais para criticar a falta de intervenção do Banco Central (BC), liderado por Roberto Campos Neto, diante do avanço da moeda americana.
Segundo Gleisi, a alta do dólar reflete a reação do mercado às medidas anunciadas pelo governo federal, incluindo o pacote de cortes de gastos e a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para contribuintes que ganham até R$ 5 mil mensais. As medidas foram detalhadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na quarta-feira (27/11).
Gleisi cobra ação enérgica do Banco Central
Em sua manifestação, Gleisi Hoffmann acusou o Banco Central de inação. “O BC de Campos Neto não fez nada para conter a especulação desencadeada desde ontem, que já levou o dólar a R$ 6. A Fazenda já esclareceu que a isenção de IR até R$ 5 mil será vinculada à nova alíquota para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, sem prejuízo para a arrecadação”, declarou a petista.
Ela também destacou a necessidade de utilizar instrumentos de controle do mercado financeiro. “Era obrigação da ‘autoridade monetária’ intervir no mercado contra a especulação desde seu previsível início, com leilões de swap, exigência de depósitos à vista e outros mecanismos que existem para isso. É um crime contra o país”, afirmou.
Esforços fiscais e especulação no mercado
Na noite anterior, Gleisi já havia expressado descontentamento, apontando que o mercado financeiro reagiu negativamente às propostas de corte de gastos e contenção fiscal, enviando o dólar para patamares recordes. “É impressionante a especulação contra o Brasil”, disse.
As medidas econômicas apresentadas pelo governo federal têm como objetivo gerar uma economia de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026. Entre as ações destacam-se limitações ao crescimento do salário mínimo, restrições ao abono salarial e a implementação de uma nova alíquota de imposto para os chamados “super-ricos”.
Ruídos econômicos e políticos
Apesar das intenções de ajuste fiscal, a alta do dólar reforçou a percepção de instabilidade no mercado financeiro. A reação às medidas trouxe questionamentos sobre a eficácia do plano, enquanto políticos como Gleisi Hoffmann pressionam o Banco Central para adotar medidas que contenham a especulação e estabilizem o câmbio.
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